Carteira assinada reduz diferença salarial

A desigualdade de salários
no mercado de trabalho
no Brasil caiu nos
últimos dez anos devido ao
crescimento dos empregos
formais.

Isso fez com que o índice
de Gini, que mede a
diferença dos rendimentos,
baixasse de 0,59, em 1995,
para 0,54 em 2005. Quanto
mais próximo de zero,
menor é a desigualdade. Os
números são do Instituto de
Pesquisas Econômicas Aplicadas,
o IPEA, um órgão do
governo federal.

A área onde aconteceram
os maiores avanços foi
a das diferenças salariais entre
homens e mulheres. Em
1995, trabalhadores do sexo
masculino recebiam 66%
mais que as representantes
do sexo feminino.

A distância caiu para
56%. Mesmo assim, a pesquisa
ressalta que a diferença
permanece extremamente
elevada.

A distância entre os salários
de brancos e negros
diminuiu menos e passou de
12% para 11% a favor dos
brancos.

Geografia – Outra queda importante
foi a que marcou os rendimentos
entre as pessoas que
vivem nas regiões metropolitanas
das que moram nas
cidades do interior.

A distância baixou de
30%, em 1995, para 19%,
em 2005.

A informalidade foi o
destaque negativo do estudo.
Os trabalhadores nessa
condição tiveram seus salários
cada vez mais distantes
dos formais.

A diferença de remuneração
entre trabalhadores
com carteira assinada e sem
carteira saltou de 25% em
1995 para 40% em 2005.