Trabalhadores na De Mateo param contra demissões
Para não pagar direitos, fábrica distribui advertências injustas e demite por justa causa. Em protesto, companheiros cruzaram os braços quinta e sexta-feira.
Os companheiros na
De Mateo, de Diadema, cruzaram
os braços na quinta e
sexta-feira passadas contra
as demissões arbitrárias, as
péssimas condições de trabalho
e pelo recolhimento
do FGTS.
Eles denunciam que a
De Mateo intima o trabalhador
a pedir demissão, mas se
recusa a pagar os direitos. Se
o trabalhador se nega a sair
da fábrica, o patrão cria um
clima de constrangimento e
começa a aplicar advertências
para demitir o trabalhador
por justa causa.
Há cerca de dois meses
o pessoal já havia parado por
este motivo.
Na época, a empresa
recuou e se comprometeu a mudar de postura, mas nada
aconteceu. Isso motivou o
protesto ocorrido na semana
passada.
Além do mais, os recolhimentos
do Fundo de
Garantia e do INSS estão
atrasados há quatro anos. Outra bronca são as condições
de trabalho. O pessoal
reclama da insegurança e dos
riscos de acidentes.
Por causa dos dois dias
parados a De Mateo pediu
a mediação da Justiça do
Trabalho. A reunião estava
acontecendo ontem, no final
da tarde.