A guerra terceirizada
Empresas de segurança atuam como exércitos. Só no Iraque existem 48 mil empregados em 177 firmas privadas.
Terceirização da guerra: Indústria dos exércitos privados é a que mais cresce
Um setor que movimenta
mais de R$ 220 bilhões
todo ano. Essa é a
indústria dos exércitos privados,
a que mais cresce no
mundo, segundo matéria
do jornal inglês The Independent.
Empresas como Blackwater,
Halliburton, Dyn-Copr, ArmorGroup e Control
Risks encabeçam um
setor que atua em mais de
50 países. A vantagem dos
exércitos privados, diz o
jornal, é que eles estão menos
expostos à fiscalização
por parte das instituições de
cada país.
A reportagem afirma
que o Iraque é o melhor
local para este setor, devido
às oportunidades financeiras
criadas pela guerra. Cerca de
48 mil empregados de 177
firmas privadas de segurança
operam naquele país.
No domingo da semana
passada, um incidente
envolvendo forças da empresa
americana Blackwater
deixou 28 mortos em Bagdá.
A versão oficial é que
empregados da Blackwater
dispararam contra civis iraquianos
após sofrerem um
frustrado atentado a bomba.
Mas, segundo o jornal, a explosão
ocorreu em um lugar
distante de onde estavam os
seguranças.
Eles teriam, no entanto,
disparado desnecessariamente
contra a multidão,
matando inclusive mulheres
e crianças.
O governo iraquiano
suspendeu a autorização
da Blackwater de operar no
país, mas a firma continua
com o contrato do governo
americano.
“Dos estimados 48 mil
empregados terceirizados
de segurança que operam
no Iraque, nenhum foi processado
ou punido por qualquer
crime”, critica o Independent.