Serra quer promover megaprivatizações em SP

O governador José Serra mandou fazer um levantamento do valor de 18 estatais paulistas para privatizar o que resta do patrimônio público de São Paulo.

Da mesma forma que
FHC fez com o Brasil, o
governador José Serra quer
entregar o que resta do patrimônio
público de São Paulo
para a iniciativa privada e
vender 18 estatais paulistas.

Entre as empresas estão
Nossa Caixa, Metrô, CDHU,
CPTM, Dersa, EMAE, Codesp,
CPP, CESP, Prodesp,
Imesp, EMTU, CPOS, IPT,
Codasp e Emplasa, que atuam
nos setores de transporte,
saneamento, fornecimento
de água, de luz, comunicações,
pesquisas tecnológicas
e vários outros.

Segundo as instituições
financeiras JP Morgan,
Morgan Stanley, UBS Banco,
Banco Espírito Santo e
Citi Bank, contratadas pelo
próprio Serra para avaliar o
patrimônio das estatais, elas
valem R$ 30 bilhões.

Se o governador realizar
a venda, será a maior entrega
de patrimônio público nacional
desde as privatizações realizadas
pelos programas de
Mário Covas e de FHC.

Destino do dinheiro é questionado

O deputado Mário Reali
(PT) denuncia que Serra pretende
acumular caixa com
as privatizações para iniciar
grandes obras que dêem visibilidade
ao seu mandato.
“Ele só pensa nas eleições de
2008 e 2010 e não mede as
consequências”, afirma.

Para provar, Reali mostra que, até agosto, o governo
paulista arrecadou
R$ 6 bilhões a mais que o
previsto.

Porém, o dinheiro está
guardado em caixa e não é
usado para investimentos
importantes em educação,
saúde, saneamento etc.

O parlamentar lembra
que a iniciativa de Serra é comum
no partido do governador.
Desde 1995, quando
o PSDB assumiu o governo
de São Paulo, foram vendidas
estatais como a Eletropaulo
e a CTEEP sem que o
dinheiro fosse revertido para
o povo paulista.

“Não sabemos até hoje
o destino dos R$ 34 bilhões
arrecadados”, prossegue
Reali.

“A desculpa deles para
vender era diminuir o endividamento
público e aumentar
os investimentos. Mentira.
O Estado deve mais
e os investimento caíram”,
finaliza o deputado.