Balanço da Campanha Salarial: R$ 55 milhões por mês na economia
Levantamentos feitos
pela Federação Estadual
dos Metalúrgicos (FEM) e
pela Confederação Nacional
dos Metalúrgicos (CNM) da
CUT revelam que o aumento
salarial conquistado pelos
metalúrgicos de São Paulo
representarão um acréscimo
de R$ 55 milhões por mês na
economia do Estado.
“Imagine quantos empregos
serão criados onde
os trabalhadores moram
quando esse dinheiro for
injetado na economia local,
movimentando comércio,
indústria, serviços etc.”,
disse o presidente da CNMCUT,
Carlos Alberto Grana.
Segundo os cálculos da
Confederação, em um ano o
reajuste da campanha salarial
aos quase 250 mil metalúrgicos
paulistas injetará R$ 742
milhões na economia.
Acordo igual – O presidente da FEMCUT,
Valmir Marques, o
Biro-Biro, lembra que o reajuste
de 7,44% contemplou
os trabalhadores dos três
grupos que possuem database
em setembro: montadoras,
G-3 (autopeças, parafusos
e forjas) e Fundição.
Já o pessoal do G-9 recebeu
6,8%, mas como o reajuste foi retroativo a agosto, mês
de sua data-base, os resultados
são iguais aos demais
grupos.
“Tivemos o mesmo
índice de aumento real de
2,5% para todos neste ano
e o acordo foi tranquilamente
aprovado pelos companheiros,
o que mostra
que estamos no caminho
certo”, destacou Biro-Biro,
lembrando ainda dos avanços
nas cláusulas sociais,
principalmente a ampliação
dos direitos das mulheres
metalúrgicas.
Como um terço de todos
os metalúrgicos da CUT
no Estado de São Paulo estão
no ABC, cerca de R$ 19
milhões mensais ficarão na
região graças aos aumentos
conquistados pela categoria.
“Nosso peso no setor trará
muitos recursos para cá,
mesmo porque os salários
mais altos estão aqui”, destacou
o presidente do Sindicato,
José Lopez Feijóo.
Negociação com G.10 emperra nos direitos sociais
A primeira rodada de
negociações da Federação
Estadual dos Metalúrgicos
da CUT (FEM-CUT) com
o Grupo 10 (serralherias,
lâmpadas, estamparias e
outros), realizada ontem,
emperrou na discussão das reivindicações sobre
melhorias de cláusulas préexistentes
e novos direitos
sociais.
A bancada patronal
se comprometeu a apresentar
nova avaliação das
reivindicações no próximo
encontro entre as partes,
marcado para terça-feira da
semana que vem, às 10h,
na FIESP.
A idéia da FEM-CUT
é avançar na discussão das
demais cláusulas sociais
nesta rodada.