Magneti Marelli enrola sobre plano de cargos e salários
Reivindicação foi apresentada há três anos e até agora fábrica só enrolou.
A Magneti Marelli, de
São Bernardo, continua
enrolando os trabalhadores
e até hoje não definiu um
plano de cargos e salários
(PCS). Há três anos ela comunicou
que apresentaria
uma proposta e, desde então,
divulga informativos
afirmando que estava prestes
a anunciar o PCS, o que
só alimenta a expectativa
dos trabalhadores.
Uma política de cargos
e salários é uma reivindicação
antiga. À medida que o
tempo foi passando e nada
aconteceu, os companheiros
cobraram a fábrica. Ao
mesmo tempo, o Comitê
Sindical pressionou e realizou
várias reuniões, mas não
houve nenhuma evolução. A
Magneti diz sempre a mesma
coisa, que a cada mês dá
reajuste para um determinado
número de trabalhadores,
sem qualquer critério estabelecido.
Isso não resolve o problema.
O pessoal quer é uma
política com tempo, cargos
e funções definidas.
“Agora é a hora do
trabalhador definir posições
para forçar a empresa
a negociar de verdade. O
momento é ideal porque a
produção está em alta. Não
podemos desperdiçá-lo”,
dizem os companheiros do
Comitê Sindical.
Trabalhador paga médico e não usa
São abusivos os aumentos
aplicados no convênio
médico este ano. Antes da
data-base, a Magneti repassou
reajuste de 11% na
mensalidade e de 50% na
co-participação.
Depois, aplicou mais
7,44%, o mesmo índice da
campanha salarial. Agora,
anunciou mais 11% em janeiro.
Isso está obrigando
companheiros a procurar a
rede pública de saúde por
não poder pagar a co-participação.
É hora dos companheiros
darem um basta
nestes abusos.
O CSE avisa que estes
problemas não podem continuar
e que a empresa tem
de deixar de enrolar e apresentar
proposta que atenda
aos trabalhadores.
A companheirada já
comunicou a representação
que, quando a negociação
emperra, o jeito é ação.