Jornada ABCD propõe rearticulação regional

A região do ABC precisa voltar a pensar políticas regionais e articular agentes sociais e políticos para superar suas dificuldades. Esta é, em resumo, a conclusão da Jornada ABCD Maior de Ações Sociais.

Faltam governantes para resolver os problemas

O ABC é privilegiado
pela sua riqueza econômica,
política, social e cultural,
mas é uma região que,
infelizmente, convive com
sérios problemas, principalmente
na periferia. Os debates
promovidos pela Jornada
ABCD Maior de Ações
Sociais, porém, mostraram
que é possível resolver esses
problemas.

“Lamentavelmente, a
maioria dos prefeitos não
está preparada para enfrentar
os desafios apresentados
pela região. Por isso cabe a
todos nós promover uma
verdadeira articulação que
supere essas dificuldades e
transforme o ABC em uma
região com qualidade de
vida realmente digna para
todos os seus moradores
viverem”.

O recado foi dado no
sábado pelo presidente do
Sindicato José Lopez Feijóo,
no encerramento da Jornada,
que aconteceu entre
quinta-feira e sábado da semana
passada, no Clube da
Ford, em São Bernardo.

Durante os três dias
foram realizados debates
sobre cultura; educação;
saúde; economia solidária;
raça, gênero, terceira idade
e pessoas com deficiência;
segurança alimentar; meio
ambiente, qualidade de vida
e segurança. Ocorreram
também mostras, feiras de
economia solidária e apresentações
culturais.

“Foi uma verdadeira articulação
regional em busca
de soluções nas discussões
mantidas por entidades populares,
representantes de
governos e de empresas, que
puderam trocar experiências
e discutir as ações sociais
que são praticadas no ABC
e fazer seus projetos para o
futuro”, afirmou o secretário
de Organização do Sindicato,
Sérgio Nobre.

Marinho quer propostas implantadas já

Participante da Jornada,
o ministro da Previdência
Luiz Marinho insistiu para
que as conclusões dos debates
sejam concretizadas
em propostas de políticas
públicas para serem colocadas
em prática o mais rápido
possível.

Ele incentivou os presentes
a acabarem com o
marasmo que tomou conta
de organizações como a Câmara
Regional, o Consórcio
Intermunicipal e a Agência
de Desenvolvimento Econômico
do Grande ABC.

“As cidades da região
precisam de dirigentes comprometidos
com estes objetivos,
o que infelizmente não acontece com a maioria de
nossos prefeitos”, denunciou
Marinho.

“Não adianta crescer
só o PIB ou a economia,
é necessário promover a
inclusão social de pessoas
desfavorecidas em projetos
de habitação, saneamento e
saúde, da mesma forma que o governo Lula trabalha para
criar melhores condições de
vida para todos os brasileiros”,
concluiu o ministro da
Previdência Social.