Justiça manda parar obra na Chácara Silvestre

A Prefeitura de São Bernardo sofre derrota na disputa com o movimento pela preservação do local.

O Tribunal de Justiça
concedeu liminar determinando
a paralisação das
obras da escola ambiental
que a Prefeitura de São
Bernardo quer construir na
Chácara Silvestre, na área
central da cidade.

A decisão contraria o
parecer da juíza Maria Laura
de Assis Moura, que negou
a suspensão da obra.

“Foi uma vitória do
movimento e mostra que
o projeto da Prefeitura tem
vícios e irregularidades”,
disse Paulismar Duarte, representante
do Movimento
SOS Chácara Silvestre.

O projeto prevê o corte
de 33 árvores e o replantio
de outras 45, mas sem a
garantia de sobrevivência
delas.

Na decisão do Tribunal
de Justiça, a paralisação da
obra é necessária devido à
dificuldade de reposição da
área verde da chácara.

Paulismar comentou
que o casarão que existe na
chácara está tombado pelo
patrimônio histórico e que
a área total está com tombamento
provisório, o que
impossibilitaria qualquer
obra.

“Isso, sem levar em
conta a agressão ao meio
ambiente, com o corte de
árvores nativas”, disse ele.

O pessoal do SOS Chácara
Silvestre quer, agora,
que a juíza Maria Laura se
afaste do caso. “Ela deveria
se declarar impedida, uma
vez que seu pai, o promotor
aposentado Antônio de Pádua
Moura, era consultor da
Secretaria do Meio Ambiente”,
afirmou Paulismar.

O caso foi denunciado
na semana passada e, na
última sexta-feira, o promotor
foi exonerado de seu
cargo. “A decisão da Prefeitura
mostra que estamos
no caminho certo ao pedir
o afastamento da juíza”,
concluiu.