Reunião da Fitim discute combate ao trabalho precário

Sindicatos filiados à Federação Internacional dos Metalúrgicos (Fitim) enfrentam problemas para combater contratações fraudulentas.

25 milhões de metalúrgicos
contra o trabalho precário

O combate ao trabalho
precário é o tema central da
reunião do Comitê Central
da Fitim (Federação Internacional
dos Trabalhadores
das Indústrias Metalúrgicas),
que acontece hoje e amanhã,
em Salvador, reunindo
500 metalúrgicos, 100 deles
brasileiros. A Federação representa
25 milhões de metalúrgicos
no mundo.

O trabalho precário é
definido como aquele que
não dá garantias sociais e
direitos trabalhistas e é caracterizado
pela contratação
de pessoas jurídicas (PJ’s),
cooperativas fraudulentas
e sem registro em carteira.
Também se enquadram como
precário o trabalho escravo,
forçado e infantil.

Segundo o estudo realizado
pela Fitim em 54
sindicatos consultados pelo
mundo, 67% deles denunciam
que as empresas metalúrgicas
usam de todo tipo
de contratação fraudulenta.

Mulheres são as
maiores vítimas

No Brasil, segundo o
Dieese, o trabalho precário
atinge mais mulheres do
que homens.

Segundo o órgão, das
43 milhões de trabalhadoras
brasileiras, 48% estão
em ocupações precárias,
a exemplo do serviço doméstico
(17%), por conta
própria (16%), atividades
de subsistência (7%) e ocupações
sem remuneração (8%).

Outro dado importante
é que 12% das trabalhadoras
começam a trabalhar
antes dos nove anos de
idade e 36% entre 10 e 14
anos de idade.