Semana de paralisações no grupo 10

A cada dia, uma fábrica do grupo 10 vai parar. Sextafeira passada, a produção foi interrompida na Sakaguchi

Prosseguem nesta semana
as paralisações nas
fábricas do grupo 10. A estratégia
é continuar parando
as empresas, tanto para
pressionar o setor a aceitar
um acordo coletivo como
conquistar acordos por fábrica.

Os companheiros na
Sakaguchi, de São Bernardo,
pararam a produção por
quatro horas no início da
manhã de sexta-feira. Hoje,
a produção de uma outra fábrica
será interrompida.

A Federação Estadual
dos Metalúrgicos da CUT –
FEM-CUT, tentava ontem
reabrir as negociações apresentando
uma alternativa
à cláusula de estabilidade
do trabalhador portador
de doença profissional ou
sequela por acidente. Não
saiu acordo nesta campanha
salarial porque os patrões
se recusam a incluir esta
cláusula na convenção. Até
o fechamento desta edição
não havia uma resposta do
grupo 10.

Segundo José Paulo
Nogueira, diretor do Sindicato,
a intransigência dos
patrões tem irritado até os
próprios empresários. Muitos
mudaram para o grupo 9
e estão pagando os reajustes
salariais retroativos. “Temos
uma lista de fábricas querendo
assinar acordo, não só
aqui no ABC mas também
no interior, que não vêem
problemas na inclusão da
cláusula e a mudança na
data-base para setembro. A
posição dos negociadores do
grupo 10 não é a mesma da
sua própria base”, afirmou
Zé Paulo.