Emprego com carteira assinada bate recorde em 2007
ABC abre 264 mil vagas em 2007
O reaquecimento da
economia brasileira em 2007
provocou a abertura de
264.431 postos de trabalho
com carteira assinada no
ABC, um crescimento de
12,5% em relação a 2006. Os
dados constam do balanço
do Caged (Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados)
do Ministério do
Trabalho.
Descontadas as demissões
motivadas pela alta
rotatividade no emprego, as
contratações trouxeram um
saldo positivo de 36.603 vagas
formais nas sete cidades
da região. O setor de serviços
foi o que mais admitiu.
“2006 já havia sido muito
bom para o emprego e
2007 foi ainda melhor”,
analisa o economista Paulo
Henrique da Silva, do Observatório
Social da Prefeitura
de Santo André. “O
crescimento do mercado
interno foi o grande responsável
pela abertura dos
novos postos de trabalho”,
afirma.
Silva destaca que o aumento
da renda provocado
pelas contratações provoca
o chamado círculo virtuoso do
desenvolvimento econômico.
Isto é, com dinheiro
na mão os trabalhadores
consomem mais e as vendas
do comércio crescem,
obrigando os comerciantes
a renovarem seus estoques
com novos pedidos para
as indústrias que, por sua
vez, contratam mais trabalhadores
para atenderem os
pedidos.
A Grande São Paulo
também registrou um vigoroso
crescimento na abertura
de vagas em 2007. Segundo
o Caged, foram criados
2,2 milhões de postos de
trabalho durante o ano, com
saldo de 355 mil novos contratados
nos 39 municípios
da região.
Crescimento é recorde no Brasil
Foram gerados 1,6 milhão
de empregos com carteira
assinada no Brasil em
2007, a maior quantidade da
história desde que o número
passou a ser medido pelo
Caged, em 1992.
O mercado formal cresceu
5,8% no ano passado,
a uma média de 134 mil
novos empregos por mês.
Todos os setores econômicos
cresceram em 2007, com
destaque para os desempenhos
recordes das áreas de
serviços (587.103 postos) e
comércio (405.091), seguidos
pela indústria de transformação
(394.584).
A construção civil foi o
setor da economia que teve
a maior taxa de crescimento,
com uma expansão de 13%
– mais que o dobro dos índices
alcançados pelos demais setores.
Divisão –
A expansão do emprego
ocorreu em todas as
grandes regiões do Brasil,
com destaque para os resultados
recordes do Sudeste
(949.797 vagas) e Nordeste
(204.310). As regiões Sul
(300.315), Centro-Oeste
(93.995) e Norte (68.975)
tiveram seu segundo melhor
desempenho.
“O fato de o crescimento
ter se dado também
de forma marcante fora da
Região Sudeste é um sinal de
redução das diferenças regionais
e de que não se trata
de uma alta momentânea”,
analisou o ministro do Trabalho,
Carlos Lupi. “Agora,
temos o crescimento generalizado”,
finalizou.