Liberdade religiosa: País celebra dia contra intolerância com as religiões

Com a participação de
mais de 70 instituições e
segmentos religiosos, foi celebrado
ontem em Brasília,
pela primeira vez no País, o
Dia Nacional de Combate
à Intolerância Religiosa. O
objetivo da data é enfrentar
o preconceito e estimular a
valorização da diversidade
religiosa. A data coincide
com o Dia Mundial da Religião
e foi estabelecida pelo
presidente Lula no dia 27 de
dezembro do ano passado.

“A diversidade é uma
de nossas grandes riquezas
e precisamos estimular entre
as pessoas a convivência
pacífica dentro das diferenças”,
afirma Perly Cipriano,
da Secretaria Especial de
Direitos Humanos.

Ele conta que as religiões
de origem africana são
as que enfrentam maior preconceito
e discriminação no
Brasil e seus praticantes são
motivo de todos os tipos de
brincadeira.

Em alguns lugares do
País, ainda é necessário a
autorização da Delegacia de
Polícia para o pleno funcionamento
de cultos vindos
da África como candomblé,
umbanda e outros.

Crimes –
Cipriano lembra que a
Secretaria de Direitos Humanos
editou no ano de
2003 a cartilha Diversidade
Religiosa e Direitos Humanos
,
explicando que contrariam
a Constituição e a Declaração
dos Direitos do Homem
atos como invadir terreiros;
desrespeitar a espiritualidade
dos povos indígenas ou
tentar impor a eles a visão
de que sua religião é falsa;
ou agredir ciganos devido à
sua etnia ou crença.

A Secretaria vai estudar
formas de interpelar
judicialmente, entre outros,
os meios de comunicação
que difundem a intolerância.
“Estamos trabalhando
para auxiliar as entidades da
sociedade civil a agirem por
meio de ações judiciais reparadoras”,
conclui Cipriano.