Mídia cria clima de terror sobre febre amarela

Ministro da Saúde nega epidemia no Brasil

O ministro da Saúde,
José Gomes Temporão, voltou
a negar a possibilidade de
ocorrer uma epidemia de febre
amarela no País e afirmou
que não há chance da doença
ser contraída em cidades porque
o vírus circula apenas nas
áreas de matas.

Temporão disse ainda
que não há “possibilidade
remota, nem remotíssima”
de que o mosquito causador
da dengue (o aedes aegypt)
possa reintroduzir a febre
amarela nas áreas urbanas e
garantiu que o problema da
falta de vacinação em alguns
locais será resolvido.

O ministro aproveitou
para denunciar que há um
clima de irresponsabilidade
no Brasil provocado pela
mídia, que induziu a população
a uma interpretação
equivocada da doença. “O
governo fala uma coisa e
parte da imprensa estimula
outra”, afirmou.

Adib Jatene, ex-ministro
da Saúde, concordou.
“Vi na tevê pessoas que
sempre residiram na cidade
de São Paulo e que não pretendem
viajar, desesperadas
em filas para se vacinarem.
Certamente, elas não tinham
necessidade da vacina”, destacou.

Saiba mais sobre a doença e quem deve tomar a vacina

A febre amarela é caracterizada
pela febre alta, dor de cabeça, vômito e
insuficiência dos rins e fígado.

A vacina é totalmente eficaz e
está disponível nos postos de saúde de
cada Estado.

Só deve se vacinar quem pretende
ir para uma área de risco.

São áreas de risco as regiões
Norte e Centro-Oeste, o Maranhão e
Minas Gerais.

São áreas de transição o oeste de
Piauí, São Paulo, Paraná e Santa Catarina
e de potencial risco o sul dos Estados
da Bahia e do Espírito Santo.

As populações de Goiás e do Distrito
Federal foram chamadas a se vacinar
por prevenção, mas nenhum caso foi
contraído nas área urbanas das cidades
destes Estados.

A vacina protege por dez anos.
Se a pessoa tomou a vacina depois de
1999, não é preciso revacinar.

Entre 1996 e 2007, o País registrou
349 casos de febre amarela. Todos
aconteceram em pessoas que entraram
nas matas e não tinham tomado a vacina
contra a doença.