Brasil pede saída pacífica à crise na Colômbia

O presidente Lula afirmou
ontem que a Colômbia
violou a soberania territorial
do Equador e poderia
ter pedido pela prisão dos
membros da Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia
(Farc) ao governo
de Quito.

Para o presidente brasileiro,
a América do Sul não
está preparada para conflitos.
Ele disse que o Brasil
pedir a Organização dos
Estados Americanos (OEA),
investigação do incidente em
que a entrada do Exército colombiano
em território equatoriano
matou Raúl Reyes, o
número dois das Farc.

No entanto, Lula disse
que acredita numa saída
pacífica. “O Brasil, como
sempre, vai tentar trabalhar
pela paz. Nós não queremos
conflitos porque a única
chance de ver a América do
Sul crescer, se desenvolver
e virar um continente rico é
com um clima de paz e tranquilidade”,
finalizou Lula.

Para analista, paz não interessa para Uribe

Raúl Reyes era o principal
negociador das Farc com
os governos da Venezuela e
da França para a libertação
de prisioneiros e a busca
de negociações de paz mais
amplas na Colômbia.

Por duas vezes a ex-senadora
Ingrid Betancourt
esteve para ser libertada.
Na primeira delas
o governo Álvaro Uribe
armou emboscada para os
guerrilheiros que, em missão
de paz acertada com o
governo da Colômbia, estavam
levando provas que
a ex-senadora estava viva.
Para o analista político Laerte
Braga, pela segunda vez
Uribe frustrou qualquer
perspectiva de negociação
pela simples razão que não
lhe interessa a libertação
de Ingrid Betancourt, sua
adversária política. Uribe
quer mudar a constituição
para ter direto a se candidatar
ao terceiro mandato.
Ele tem o apoio de Bush
e a ex-senadora solta iríacomplicar
o processo político
na Colômbia.