Responsabilidade social da empresa
O tema é relativamente
antigo, embora muitos setores
da sociedade brasileira
e do próprio movimento sindical
ainda o desconheçam.
Ganhou notoriedade com a
globalização que intensificou
e ampliou a intervenção
das empresas em escala
internacional. Cerca de 60
mil empresas operam com
aproximadamente 800 mil
filiais no mercado internacional,
movimentando bens
e serviços no que se convencionou
chamar de comércio
intra-firma.
Esse processo tem causado
impacto na vida de trabalhadores,
na sociedade e
no meio ambiente em todo o
mundo. Começou a ser questionado
a partir da década
de 1980. Como reação, as
empresas passaram a adotar
o conceito de responsabilidade
social para justificar
seu papel diante da sociedade
e dos consumidores.
Conservadorismo – No Brasil, as empresas
adotam atualmente dois
modelos de responsabilidade
social. O primeiro inspira-
se na experiência das
empresas americanas dos
anos 50. O segundo tem como
referência a experiência
da social-democracia
européia.
O primeiro modelo é
dominante no Brasil. Tem
uma linha autoritária, como
se constata nas suas
principais características.
A política de responsabilidade
social é definida
unilateralmente pela empresa,
sem a participação
dos sindicatos e trabalhadores.
Tem como base atividades
meramente filantrópicas.
A publicidade
dada às ações assume um
forte cunho de marketing
social. A participação dos
trabalhadores é limitada à
atuação como voluntários
nos programas sociais. Suas
atividades não resultam
em mudanças efetivas no
dia-a-dia do trabalhador.
As empresas não assumem
compromissos e ações junto
à cadeia produtiva e nem
exigem das terceirizadas
a preservação de padrões
trabalhistas mínimos.
Departamento de Formação