Balinhas de felicidade

Novamente o Brasil
aparece em relatório da
Junta Internacional de Fiscalização
de Entorpecentes,
órgão da ONU, como o país
que consome mais drogas
para emagrecer, a frente
de Argentina e Estados
Unidos.

Drogas que inibem o
apetite como a fentermina,
fenpropex, anfepramona e
fendimetracina são usadas
na América em volume três
vezes maior do que no resto
do mundo. No Brasil, esse
problema vem se agravando
ano a ano apesar dos alertas
desde 2003.

Álcool e baladas – Um dos agravantes é
que grande parte desses produtos
são comprados ilegalmente,
sem prescrição médica,
contrabandeados ou
preparados em farmácias
sem nenhum controle das
autoridades de saúde.

Estima-se, ainda, que
boa parte dessa droga é usada
não para emagrecer, mas
como estimulante e associada
à bebidas alcoólicas por
adolescentes e adultos, na
ânsia de obter maior sucesso
com os parceiros e amigos,
melhores performances nas
baladas e até maior rendimento
no trabalho.

Estresse e depressão – Essas drogas aumentam
a atividade do cérebro,
fazendo com que a
pessoa fique mais ligada,
elétrica, sem sono.

Quando seu efeito diminui
vem um rebote de
sono, fadiga intensa e baixa
auto estima, o que induz
a uma nova dose que
traga de volta o super homem
ou a mulher maravilha.

Daí à dependência
é um passo.
O desarranjo psíquico
desencadeia ou potencializa
aspectos da personalidade,
como a violência, e
leva a estados de estresse
intenso e depressão.

O mais impressionante
é que nossa sociedade estimula
esses aspectos glamourosos
do corpo magro,
do desempenho sobre humano,
da vitória a qualquer
preço e do sucesso
rápido.

Melhor ainda se tudo
isso vier sem nenhum esforço,
proporcionado na
hora por uma balinha.

Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente