Doenças e tristezas

Doenças e tristezas

Nem tudo é depressão

A depressão está sendo
banalizada e utilizada
como vala comum em
que são colocados pacientes
que têm transtornos psíquicos
depressivos, ansiedade,
pacientes com síndrome do
pânico e até mesmo outras
doenças de caráter psicótico
e paranóico.

Ainda mais grave é o
fato de que as tristezas, as
dificuldades de adaptação
e superação de uma situação
de maior pressão, a que
todos estamos naturalmente
sujeitos, passam a ser
encaradas como doenças
e, como tais, tratadas com
medicamentos de uso controlados,
muitas vezes sem
critério e até sem prescrição
e indicação médica.

Drogas causam danos

Mal medicadas e com o
uso de remédios sem uma
indicação precisa, as pessoas
começam a desenvolver
dependência dessas substâncias
que são psicoativas
e, frequentemente, acabam
por desenvolver doenças
iatrogênicas, causadas por
esses medicamentos.

Com baixa auto-estima,
passando por momentos
delicados e sem
possibilidades de resolução
imediata da situação,
os medicamentos acabam
por diminuir ainda mais
as chances de reação ou
então, contrariamente,
trazem uma sensação de
poder e alegrias artificiais
que, quando passam, levam
a uma tristeza ainda
maior.

Nexo é coisa séria

O nexo dessas doenças
com o trabalho exige critérios
cuidadosos e bem fundamentados,
senão começaremos
a alimentar com
falsas expectativas pessoas
que já estão com problemas
e precisam de ajuda em vez
de esperanças irreais.

Sem critérios científicos
de diagnóstico, estabelecimento
de nexo ocupacional
e de incapacidade,
certamente prejudicaremos
aqueles que estão
verdadeiramente doentes
e não resolveremos o
problema. Paternalismo
e clientelismo só atrapalham.

Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente