Consumo interno faz PIB crescer 5,4%

Aumento da renda e do crédito influenciaram resultado do PIB.

O crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB)
de 5,4% no passado, divulgado
ontem pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), é mais
uma ferramenta para os trabalhadores
usarem durante
as negociações por reajustes
salariais.

Isso porque, um dos
principais fatores do aumento
do PIB foi o gasto
das famílias, que teve alta
de 6,5%. O resultado foi
favorecido pela elevação de
3,6% da massa salarial dos
trabalhadores e pelo acréscimo
de 28,8% no saldo de
operações de crédito do sistema
financeiro concedido
às pessoas físicas.

“O consumo cresceu
bastante porque tivemos
uma aceleração do crédito e
da massa salarial real nesse
último trimestre”, explicou
Rebeca Palis, da coordenação
de contas nacionais do
IBGE.

Os R$ 2,6 trilhões do
PIB em 2007, representam
um aumento de 1,6% em
relação ao ano anterior,
quando a economia brasileira
havia crescido 3,8%.

O resultado é o maior
desde 2004, quando o PIB,
que é a soma das riquezas
produzidas no país, havia
crescido 5,7%.

Resultado deve
continuar em 2008

A taxa de crescimento
de 5,4% não só confirma a
expectativa do ministro da
Fazenda, Guido Mantega,
de que o crescimento da
economia ficaria acima de
5%, como também renova
as esperanças para 2008.

“Eu acredito que dá
para manter o mesmo
crescimento em 2008. Porque
quando você tem um
ano bom, o ano seguinte
para crescer fortemente é
em cima de um ano mais
forte”.

Emprego e salários crescem

O IBGE informou
ainda que o emprego industrial
subiu 2,8% em
janeiro deste ano ante
o mesmo período de
2007. O valor da folha
de pagamento real dos
trabalhadores do setor
subiu 2,9% em janeiro de
2008, ante dezembro do
ano passado.

Já na comparação
com janeiro de 2007, os
salários cresceram 7,2%,
maior resultado desde
dezembro de 2004.

Esses números reafirmam
aquilo que o Sindicato
sempre defendeu:
o aumento da renda é o
ponto de partida para o
crescimento econômico.