Dia Mundial da Saúde: Pesquisa mostra brasileiros mais obesos e inativos
Estamos mais gordos
e sedentários. Esta é uma
das conclusões do Sistema
de Vigilância de Fatores
de Risco e Proteção para
Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico (Vigitel),
projeto realizado pelo Ministério
da Saúde em parceria
com o Núcleo de Pesquisas
Epidemiológicas da Universidade
de São Paulo.
O objetivo da pesquisa,
feita anualmente desde
2006, por telefone, é monitorar
os fatores de risco
de doenças crônicas não
transmissíveis. A idéia é,
a partir dos dados das 54
mil entrevistas telefônicas,
basear as políticas públicas
de promoção à saúde e
prevenção de doenças não
transmissíveis.
Principais resultados:
Excesso de peso e obesidade
O excesso de peso
sobe cada vez mais.
Atualmente, 43,4% da
população das capitais
brasileiras sofrem com
o problema. Em geral,
a ocorrência é mais
freqüente em homens
com o maior nível de
escolaridade. Já entre
mulheres o aumento
do peso ocorre quanto
menor a escolaridade.
Atividade física no lazer
São poucos os adultos
que praticam atividade
física (30 minutos
diários de intensidade
leve ou moderada).
Este é um dos poucos
tópicos da pesquisa em
que os homens levam a
melhor. 19,3% praticam
atividade física, contra
apenas 12,3% das
mulheres. A faixa etária
entre os homens onde a
freqüência é máxima é
dos 18 aos 24 anos.
Inatividade física
No outro extremo da
atividade física está
o sedentarismo. A
freqüência é de 29% da
população. Os homens
são mais sedentários
(31%) que as mulheres
(27,8%). Quanto maior
é a faixa etária
(maior de 65 anos)
menor é o percentual
da população que faz
exercícios.
Tabagismo
Apesar de uma leve
diminuição, o nível
de fumantes continua
muito alto. 16,4%
dos brasileiros têm o
vício. Se comparado
o hábito entre homens
e mulheres, eles (21%)
fumam mais que elas
(12,6%). Em ambos
os sexos a freqüência
de fumantes cai após
54 anos, alcançando
menor número entre os
indivíduos com 65 anos
ou mais.
Consumo de bebidas alcoólicas
O consumo abusivo
de bebidas alcoólicas
(considerado mais
de cinco doses para
homens e mais de
quatro para mulheres
em uma mesma ocasião)
foi de 17,5%. Na
maioria das cidades, a
ingestão abusiva foi três
vezes maior nos homens
(27,2%) do que nas
mulheres (9,3%).
Dirigir após consumo de bebidas
Uma boa notícia é que
o consumo abusivo
de bebidas alcoólicas
seguido de direção é
baixo, apenas de 2%.
Na comparação entre
os sexos, eles são mais
irresponsáveis, 4%,
contra os 0,3% delas.
Hipertensão arterial e diabetes
23% da população
adulta brasileira se
declaram hipertensos.
Em relação ao diabetes,
5,3% da população
adulta declaram possuir
a doença. A doença
prefere as mulheres:
5,7% das brasileiras
sofrem com o diabetes,
contra 4,8% dos
homens. O diagnóstico
da doença é mais
comum com o aumento
da idade. O Ministério
da Saúde acredita
que o número deve ser
maior, pois há uma
parcela da população
que pode sofrer com
a doença, ainda não
diagnosticado.
CUT protesta contra privatização
A CUT São Paulo e
movimentos sociais promoveram
ontem manifestação
pública para comemorar
o Dia Mundial da
Saúde. Instituída pela Organização
Mundial da Saúde
em 1948, a data surgiu
para alertar que a promoção
da saúde é um direito fundamental
do ser humano e uma
obrigação do Estado.
A manifestação lembrou,
porém, que, ao contrário
do que garante a Constituição,
o governo paulista
não respeita os princípios de
gratuidade, universalidade
e integralidade, conforme
lembra Edílson de Paula,
presidente da CUT-SP.
“O processo de privatização
das UBSs mostra
que os governos estadual e
municipal preferem transferir
a responsabilidade
pelo atendimento para a
iniciativa privada que, por
sua vez, conforme as leis de
mercado, coloca o interesse
financeir