Produtividade dobra de um ano a outro
No ano passado, a produção por
trabalhador nas fábricas cresceu 4,2%,
quase o dobro da taxa alcançada em
2006 (2,5%). Esse desempenho é resultado
do aumento dos investimentos
das empresas em máquinas e equipamentos
para expandir a produção.
Impulsionada pela expansão de
6% na produção industrial, a evolução
da eficiência nas fábricas veio acompanhada
de crescimento de 2,2% no
emprego.
Ou seja, a produtividade aumentou
sem demissões em massa, como
ocorria no passado, nos tempos da
reestruturação produtiva. A remuneração
média da mão-de-obra apresentou
aumento real de 3,1%, menor que o
crescimento da produtividade.
A produtividade do trabalho na
indústria brasileira vive o que os economistas
chamam de um ciclo virtuoso
de crescimento, que começou em 2004
e não parou de crescer.
“Esse é um dado que reforça a
campanha pelas 40 horas, já que a diferença
entre crescimento da produtividade
e salário pode ser compensada
pela redução da jornada”, afirmou Rafael
Marques, secretário do Sindicato.
Os números constam de um levantamento
feito pelo Instituto de
Estudos para o Desenvolvimento da
Indústria com base em dados do IBGE.
Eles montam um quadro bem
diferente do observado entre os anos
90 e 2003, quando o aumento de produtividade
era conseguido a custa da
redução do emprego.