Categoria recupera 23% dos empregos perdidos nos anos 90
Depois de perder quase a metade dos postos de trabalho, a nossa categoria conseguiu recuperar 18.150 vagas entre os anos de 2003 e 2007. Hoje, ela passa de 95 mil metalúrgicos.
Base ganha 18 mil postos em cinco anos
O crescimento da economia
fez com que a nossa
categoria conseguisse recuperar
18.150 postos de trabalho
entre os anos de 2003
e 2007.
Em dezembro do ano
passado a base tinha 95.597
trabalhadores, enquanto que
no início do governo Lula,
em 2003, eram 77.427 metalúrgicos.
Esses números se referem
a atual base, composta
pelas cidades de São Bernardo,
Diadema, Ribeirão Pires e
Rio Grande da Serra.
Estudo da Subseção
Dieese do nosso Sindicato
mostra que a abertura destrambelhada
da economia
nacional, junto com a adoção
das políticas neoliberais
que marcaram a década passada,
provocaram um rombo
sem precedentes no nível
de emprego na categoria.
Em 1989, ano que a
globalização começa a ganhar
forma no Brasil, eram
159.200 metalúrgicos empregados
nas empresas das
quatro cidades. O governo
FHC entregou a categoria
ao seu sucessor com 77.427
empregos, ou seja, menos
da metade (50,5% menor),
o nível mais baixo desde o
início dos anos 60.
“Em 2003, os efeitos
de todo o arranjo neoliberal
que veio desde o governo
Collor ainda eram sentidos
no nível de emprego. O
quadro só volta a mostrar
recuperação no momento
em que a economia começa
a ganhar nova dinâmica,
após o segundo semestre de
2003”, compara a economista
Zeíra Camargo, técnica da
Subseção, responsável pelo
levantamento.
12 meses – Somente no último ano
a categoria aumentou 5,5%,
o que representa mais 4.985
novos postos de trabalho.
Destes, 848 foram ocupados
por mulheres.
“Os números mostram
a diferença de tratamento
dispensado ao ABC entre o
atual governo e o passado.
Por estarmos numa região
fortemente industrializada
sentimos muito o golpe
das políticas neoliberais”,
resumiu Rafael Marques,
secretário-geral do Sindicato.
Para ele, o estímulo ao investimento
produtivo dado pela
atual política econômica começa
a reverter a situação.
Em todo ABC base caiu mais da metade
A política neoliberal
dos anos 90 foi muito
mais cruel para os metalúrgicos
considerarando
a categoria nas sete cidades
da região.
Em 1989, eram 220
mil metalúrgicos em todo
ABC.
No ano de 2002
eram pouco mais 96 mil.
Segundo o levantamento
da Subseção Dieese, em
dezembro passado o número
subiu para 132.232
trabalhadores.
As tabelas consideram as cidades de São Bernardo, Diadema,
Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
Fonte: Subseção Dieese, com base na Rais/Caged do Ministério
do Trabalho.