1º de Maio – Um povo de lutas: Os ideais de liberdade
Nas províncias, revoltas contra a Coroa
Na segunda metade do
século 18 vários movimentos
conspiratórios estouram
pelo País, inspirados nos
ideais de Revolução Francesa.
Mas são manifestações
regionais, com o desejo de
libertar apenas a capitania e
não o Brasil.
Em Recife, o dinamismo
comercial proporcionou
o aparecimento de ricos comerciantes,
a maioria portugueses,
chamados pejorativamente
de mascates. Eles
pedem à Coroa autonomia
política em relação à capital
Olinda, formada por uma
aristocracia decadente com a
queda do comércio da cana
de açúcar.
Em 1710, quando Portugal
eleva Recife à condição
de vila, os senhores de engenho
de Olinda, liderados por
Bernardo Vieira de Melo,
invadem Recife e destituem
o governador Sebastião de
Castro Barbosa.
No ano seguinte, os
mascates atacam Olinda,
destruindo casas e engenhos,
prejudicando ainda mais a
economia da vila. Tropas da
Coroa intervém e colocam
fim à Guerra dos Mascates.
Portugal mantem a autonomia
do Recife, que passa a ser
a capital da capitania.
Pernambuco pega em armas pela independência
Cerca de cem anos depois,
explode a Revolução
Pernambucana, com ideais
emancipacionistas e republicanos.
Em 1808, a família real,
diante da iminente invasão
de Portugal pelas tropas
francesas de Napoleão Bonaparte,
foge para o Brasil e
instala a Corte na capital Rio
de Janeiro.
Dom João VI aumenta
os impostos, desenvolve
políticas apenas para a região
Centro Sul e coloca nos
postos militares a nobreza
portuguesa, ganhando muitos
inimigos.
No Nordeste, a insatisfação
era maior por causa da
crise da produção açucareira
e algodoeira e pela grande
seca de 1816, com o aumento
da fome e da miséria.
A revolução começa em
6 de março de 1817, liderada
pelo comerciante Domingos
José Martins, Antônio Carlos
de Andrada e Silva e Frei
Caneca, com apoio em peso
dos padres.
Os revoltosos dominam
o governo provincial,
proclamam a República e
instalam um governo provisório
para elaborar uma
Constituição estabelecendo
a igualdade de todos perante
a lei e a liberdade de
expressão.
A resposta de D. João
VI não demorou três meses.
Os militares cercam Recife
por mar e terra e reprimem
duramente os revoltosos. As
lideranças são executadas,
inclusive alguns padres.
A revolução de 1817
foi a única revolta emancipacionista
que passou da
fase conspirativa e pegou
em armas.
Elite carioca debate autores iluministas
A Conjuração Carioca
foi o nome dado a um grupo
de intelectuais, poetas e escritores,
que em 1786 funda
a Sociedade Literária do Rio
de Janeiro para debater assuntos
culturais e científicos,
reproduzindo moda européia
dos encontros de escritores
conhecidos por arcádias.
Aos poucos, o grupo
carioca passa a debater
autores iluministas como
Rousseau e os princípios
filosóficos e políticos da
Revolução Francesa.
O vice-rei Conde de
Rezende fecha a sociedade
e prende dez de seus
membros, entre eles figuras
importantes como o poeta
e professor Manuel Inácio
da Silva Alvarenga, o doutor
Mariano José Pereira da
Fonseca e o professor João
Marques Pinto. Sem provas,
depois de um ano eles foram
inocentados e libertados.
Povo baiano quer fim da monarquia
A Conjuração Baiana
aconteceu em 1798 e foi
um movimento emancipacionista
de caráter popular,
articulado pelas camadas
mais baixas da sociedade
como sapateiros, alfaiates,
artesãos, pequenos comerciantes,
ex-escravos e escravos,
além de soldados e
religiosos.
O movimento também
ficou conhecido como Revolta
dos Alfaiates.
A principal causa foi a
piora das condições de vida
da população, que sofria
com o custo de vida, a falta
de alimentos e o preconceito
racial.
Nessa época, a loja maçônica
Cavaleiros da Luz
realiza encontros nos quais
são d