1º de maio – Um povo de lutas: As lutas pela real independência do Brasil
D. Pedro acaba com dominação portuguesa
Os períodos anteriores
e posteriores à independência
do Brasil foram
marcados por vários conflitos.
Antes de 1822 ocorreram
revoltas pela autonomia
em relação a Portugal,
e depois da independência
o sangue correu durante
repressão à resistência dos
portugueses contrários à
emancipação política.
A Coroa Portuguesa
chegou ao Brasil em 1808,
e aqui ficou até 1821. Ao
voltar a Portugal, D. João
VI deixa em seu lugar o filho
Pedro como regente e
capitão-geral do Brasil.
Nas duas vezes em que
foi chamado de volta pela
Coroa, D. Pedro I se recusou
a ir. A primeira foi em
janeiro de 1822, no Dia do
Fico, e a segunda em setembro,
na Independência,
que encerrou 322 anos de
colonização portuguesa na
América.
Guerras para garantir a independência
A Guerra da Independência
começou imediatamente
após sua proclamação
em 7 de setembro, quando
governadores de províncias
resistiram a separação de
Portugal com apoio de tropas
militares.
As lutas entre os partidários
da Coroa e os defensores
da independência
aconteceram nas províncias
da Bahia, Piauí, Maranhão,
Grão-Pará e Cisplatina, esta
no Sul do País.
Para eliminar a resistência
portuguesa, o ministro
José Bonifácio de Andrada
e Silva comprou armas e navios,
recrutou tropas nacionais
e contratou mercenários
franceses e ingleses. Além
disso, ele contou com ajuda
de milícias populares, principalmente
nas regiões Norte
e Nordeste. Os que não
aceitavam a emancipação
tinham os bens confiscados
e eram expulsos do País.
Na Bahia, desde o Dia
do Fico, tropas do exército
português se entrincheiraram
em Salvador sob o comando
de Inácio Madeira de
Melo, que logo em seguida
recebe mais 2.500 soldados
vindos de Portugal.
Desde 1799, a partir da
Conjuração Baiana, o sentimento
de independência
estava arraigado no povo
baiano, que participou ativamente
para expulsar os
partidários de Portugal.
A população das vilas
do Recôncavo e da ilha de
Itaparica instalam um governo
interino e se mobilizam
para expulsar os portugueses.
A Corte ajuda os patriotas
com tropas e suprimentos,
reforçados por efetivos de
Pernambuco e Rio.
Os brasileiros vencem as
batalhas de Cabrito e Pirajá,
enquanto os portugueses não
conseguem ocupar Itaparica.
Salvador fica bloqueada por
terra e mar. Ameaçadas pela
fome, as tropas portuguesas
abandonam a cidade em 2 de
julho de 1823, data em que,
na Bahia, se comemora a independência.
Portugueses se rendem às tropas imperiais
Em seguida às batalhas baianas, uma
esquadra comandada por Lord Cochrane
se desloca às províncias do Norte, que tinham
mais ligações com a metrópole do
que com o Rio de Janeiro. No Piauí, tropas
portuguesas são derrotadas na Batalha de
Jenipapo. Em São Luiz, no Maranhão, que
era uma das regiões mais ricas do País, a
esquadra de Lord Cochrane ameaça bombardear
a cidade e consegue a rendição dos
portugueses no final de julho.
Na província do Grão-Pará, os conflitos
entre a população e a junta governativa
já aconteciam antes mesmo da independência.
Quando a esquadra brasileira bloqueia
Belém, a população invade o palácio e demite
a junta.
As tropas desembarcam, reprimem a
população e fazem prisões em massa para
restabelecer a ordem. Muitos são fuzilados
e cerca de 250 detidos, por falta de espaço
nas prisões, são colocados numa embarcação
com escotilhas fechadas e morrem
asfixiados.
Na província Cisplatina, onde hoje
é o Uruguai, os portugueses expulsam os
partidários da independência. O almirante
Cochrane envia cinco navios, que bloqueiam
Montevidéu e conseguem a vitória no final
de 1823.
Com isso, todas as províncias são incorporadas
ao império, mas as rivalidades
entre as forças patriotas e portuguesas
continuaram.
Pernambucanos re