1º de maio – Um povo de luta: O fim da Monarquia e o início da República
Golpe da elite acaba com Monarquia
A Proclamação da República,
em novembro de
1889, foi um movimento das
elites, sem qualquer participação
popular.
A República depõe D.
Pedro II, que havia assumido
o trono em julho de 1840,
e acaba com o Segundo Reinado,
uma época de progresso
cultural e industrial, que
consolidou o Brasil como
um País independente, com
projeção internacional.
Em seus 49 anos de
poder, D. Pedro II consegue
estabelecer um período
de paz, depois das revoltas
nas províncias durante a
regência.
O café impulsiona o
crescimento da economia,
mas a pobreza e o analfabetismo
continuam.
São dois os partidos.
O Liberal, que representa a
classe média da sociedade
urbana e pede o fim da escravidão,
e o Conservador,
que reúne os grandes donos
de escravos e os barões do
café.
O primeiro desgaste
do imperador junto à elite
cafeeira acontece em 1855,
com a Lei Eusébio de Queiróz,
que proíbe o tráfico de
escravos.
As idéias abolicionistas
ganham força a partir de
1860, com o fim da Guerra
da Secessão nos Estados
Unidos.
O Brasil, embora vencedor
da Guerra do Paraguai,
sai dela endividado e
a partir de 1870 a economia
entra em crise.
Os militares reivindicavam
autonomia sobre a
defesa do território, sem se
submeter às ordens do imperador.
Ainda em 1870, novo
desgaste. Políticos, jornalistas,
intelectuais e fazendeiros
lançam o Manifesto
Republicano, influenciados
pelo positivismo de Augusto
Conte.
Em 1888, com a Lei
Áurea, o Império perde o
apoio dos proprietários rurais
e a crise aumenta.
Sem avanços –
Em junho de 1889, D.
Pedro tenta se apoiar nos
novos setores sociais com
projeto instituindo o voto
secreto, a liberdade de culto
e o fim do senador vitalício,
mas a proposta é rejeitada
pela Câmara dos Deputados.
Nesse ano, os liberais
vencem as eleições, acelerando
a queda da Monarquia.
Na manhã de 15 de
novembro, o marechal Deodoro
da Fonseca comanda
600 soldados na ocupação
do quartel-general do Rio
de Janeiro e do Ministério
da Guerra.
Ele prende o presidente
do Ministério da Guerra,
Visconde de Ouro Preto. À
tarde, sessão solene na Câmara
Municipal proclama a
República.
D Pedro II volta de
Petrópolis e tenta organizar
novo governo, mas no dia
seguinte ele é comunicado
que deveria partir para o
Exterior e não oferece resistência.
Os rebeldes instalam
um governo provisório presidido
por Deodoro da Fonseca
com a função de consolidar
o novo regime, aprovar
uma nova Constituição e
promover as reformas administrativas.
Gaúchos se rebelam contra República
A República não levou
estabilidade política ao
Rio Grande do Sul que, em
apenas quatro anos, de 1889
a 1893, chegou a ter 17 governos.
O Partido Republicano
defendia o presidencialismo,
resguardando a autonomia
estadual, filosofia adotada
por Júlio de Castilhos, eleito
presidente do Estado através
do voto direto.
Eram chamados de maragatos,
representando a
nova elite que surgia.
O Partido Federalista
era chefiado por Gaspar Silveira
Martins e defendia uma
revisão das constituições
estaduais para implantar um
sistema parlamentar através
de uma união federativa.
Eram os pica-paus, reunindo
liberais e estancieiros. Com
a eleição de Castilhos para a
presidência do Rio Grande
do Sul, que tem início a Revolução
Federalista.
O conflito começa em
1893, quando tropas dos
maragatos dominam as áreas
da fronteira com o Uruguai
exigindo a deposição do
presidente Júlio de Castilhos
e a realização de plebiscito
para escolher a forma de
governo. Como a rebelião
ameaça o regime republicano,
o presidente do País,
marechal Floriano Peixoto,
manda tropas para sufocar o
movimento.
Mesmo sofrendo derrota
na batalha de Alegrete, os
maragatos iniciam uma série
de ataques e avançam em direção