Prefeitura atrasa chegada do Samu em São Bernardo
Depois de quatro anos
da adesão de Santo André,
Diadema e Mauá ao Serviço
de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu), programa
do governo federal, São
Bernardo traz finalmente o
serviço para a cidade.
O governo federal entregou
12 ambulâncias à cidade
na última segunda-feira,
duas para atendimentos
de UTI, além de um repasse
mensal de R$ 157 mil para
manutenção da central.
O Samu atende a ocorrências
de urgência gratuitamente
pelo telefone 192.
Luta – A adesão da cidade ao
serviço é reivindicada desde
2004 por movimentos sociais
e pela bancada de oposição
ao prefeito William
Dib (PSB) na Câmara de
Vereadores.
“O Samu aqui é uma
vitória da pressão popular.
Não entendíamos os motivos
da Prefeitura de não
aceitar a ajuda do governo
federal para um serviço tão
importante”, disse o vereador
José Ferreira (PT).
Membro do Conselho
de Saúde da cidade, o médico
Nelson Nisenbaum
lembrou que o Prefeito de
São Bernardo dizia não haver
necessidade do serviço
na cidade.
“Falta vergonha na cara
da Prefeitura. A adesão
neste momento ao Samu
é eleitoreira. O convênio
não foi assinado antes apenas
por motivos políticos e
quem saiu perdendo foi a
população”, protestou.
O Samu terá 56 médicos,
12 enfermeiros e 40
auxiliares de enfermagem,
além de oito controladores
de ambulância e técnicos
auxiliares.
Em Diadema, Santo
André e Mauá, o Samu cobre
mais de 1,5 milhão de
pessoas.
Serviço chega a 100 milhões
Com a adesão de São
Bernardo, o Samu chegou
a 100 milhões de pessoas
em 1.136 municípios brasileiros.
Só em São Paulo são
19 serviços municipais e
11 regionais que oferecem
atendimento pré-hospitalar
móvel a 132 cidades para
uma população aproximada
de 24 milhões, segundo o
Ministério da Saúde.
O serviço já é um dos
maiores sistemas de atendimento
pré-hospitalar móvel
do mundo.
No caso de São Bernardo,
o Ministério investiu
R$ 1,8 milhão na
compra dos veículos e dos
equipamentos.