Suspeita de suborno: MP quer ação criminal contra ex-secretário tucano
Procuradores federais pediram ao Superior Tribunal
de Justiça a abertura de inquérito criminal para apurar o
envolvimento de Robson Marinho no pagamento de propinas
para políticos do PSDB paulista.
Robson Marinho é conselheiro do Tribunal de Contas
do Estado e, entre 1995 e 97, foi coordenador da campanha
de Mário Covas e depois chefe da Casa Civil.
O nome dele surgiu em investigação na Suíça sobre
pagamentos de propina feitos pela empresa Alstom para
ganhar contratos com o governo paulista entre 1997 e
2003. Os promotores suíços apreenderam memorando da
Alstom sobre pagamento de propina que traz a sigla RM,
diz que ele é ex-secretário do governador e que parte da
propina iria para o Tribunal de Contas.
O mesmo memorando diz que seria paga propina de
7,5% sobre contrato de R$ 110 milhões pela compra de
transformadores e uma subestação da Eletropaulo.
Em outro contrato, o Metrô pagou R$ 57 milhões
para que a Alstom construísse um centro operacional de
controle.
O contrato durou 13 anos, entre 1994 e 2007, e no final
do julgamento o Tribunal de Contas considerou irregulares
os acréscimos feitos a partir de 2001. Só o conselheiro
Robson Marinho votou a favor de todos eles.