Melhorou a vida do trabalhador mais pobre
A renda dos trabalhadores 10% mais pobres cresceu cinco vezes mais que a dos 10% mais ricos, entre 2003 e 2007, revela estudo do Ipea.
O crescimento econômico,
a estabilidade monetária
e as políticas sociais
reduziram a desigualdade
entre a renda dos trabalhadores
brasileiros.
Houve uma forte recuperação
de renda nas
camadas mais pobres da
população, que tiveram
ganhos quase cinco vezes
maior que a recuperação
dos mais ricos.
Entre 2003 e 2007, a
renda dos trabalhadores
20% mais pobres cresceu
26%, enquanto a renda dos
20% mais ricos subiu 5,6%
de acordo com o Instituto
de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea). Ou seja, a
renda dos mais pobres vem
crescendo mais rapidamente
que a dos mais ricos.
Entre 2002 e 2008, a
diferença entre as camadas
de trabalhadores caiu 7%
pelo índice Gini, ou seja, a
média entre os 10% mais
pobres e a média dos 10%
mais ricos, caiu de 0,543 para
0,505. Por esse indicador,
quanto mais perto do zero
menor a desigualdade. Foi
um dos maiores avanços
entre todos os países em
desenvolvimento.
O índice tem como
base a renda dos ocupados,
que inclui salário, aposentadorias
e benefícios de
programas de transferência
de renda, entre eles o Bolsa
Família.
Falta mais – Conforme Marcio Pochmann,
presidente do Ipea,
para um país não ser primitivo
o índice Gini precisa
estar abaixo de 0,45. Mantidos
os atuais ritmos de
crescimento da economia,
recuperação do salário mínimo
e ações de transferência
de renda, o País vai alcançar
esse índice em oito anos.
Pochman disse que a
manutenção da tendência
de desconcentração de renda
depende também da mudança
do padrão tributário
do País.
“A carga de impostos
indiretos faz com que a população
mais pobre pague
proporcionalmente mais
tributos que os ricos”, afirmou
o economista.