Grob: A truculência de cada dia
As relações de trabalho continuam péssimas na Grob. Irregularidades, más condições de trabalho e o desrespeito foram denunciadas na matriz na Alemanha.
As irregularidades, as
más condições de trabalho
e as relações de desrespeito
da direção da B. Grob, de
São Bernardo, para com
os trabalhadores foram denunciadas
ao IGMetal, o
sindicato de metalúrgicos
na Alemanha e à Comissão
de Fábrica da matriz da empresa,
que fica na cidade de
Mindelheim.
“Ficamos surpresos ao
tomar conhecimento dos
desmandos que acontecem
na fábrica brasileira”, disse
Anthoni Hiller, coordenador
da Comissão de Fábrica
na B. Grob alemã, ao
encontrar com a delegação
brasileira no mês passado.
Aqui na filial tem demissão
por motivos pessoais
e os trabalhadores são
desrespeitados. Além disso,
os representantes não têm
tempo algum para desempenhar
o papel para o qual
foram eleitos.
Lá na matriz, a fábrica
tem 4.000 trabalhadores. A
Comissão de Fábrica é formada
por 12 membros, tem
sala para trabalhar e quatro
deles têm horário livre.
Na Alemanha a Grob
negocia, mas aqui faz e
desfaz.
O novo presidente assumiu
a filial brasileira e avisou
que não quer negociar
PLR e não vai encaminhar
as reivindicações da CIPA.
Na semana passada, a
CIPA procurou o gerente
de RH para protestar contra
os serviços do SESMT
– Serviço Especializado de
Saúde e Medicina do Trabalho.
Ele respondeu que essa
questão não era da alçada
da CIPA.
Diante das denúncias
apresentadas pela delegação
brasileira, a Comissão
de Fábrica em Mindelheim
ficou de encaminhá-las à
direção da matriz.
“Essa solidariedade
ajuda a gente aqui, mas para
resolver esses problema é
preciso o envolvimento de
todos”, afirmou Luiz Sérgio,
o Pica-Pau, do Comitê
Sindical.