Indústria automobilística: Expansão no Brasil e crise nos EUA
A indústria automobilística
dos Estados Unidos
passa pelo pior ano de
sua história. Os péssimos
números apresentados até
agora são fruto da estagnação
do mercado doméstico,
agravado pela crise econômica
em todo o país, além
da concorrência, antes distante,
da China e da Índia,
que começa a atrair a atenção
dos consumidores.
O mercado interno,
de 16 milhões de unidades
anuais, deve encolher.
Em meio a esse quadro,
as montadoras americanas
têm ainda pela frente
mais demandas trabalhistas
por conta de fechamento
de fábricas e planos de demissões
voluntárias. A GM,
por exemplo, completa 100
anos de existência fechando
quatro plantas até 2010.
Os modelos que elas
produzem serão transferidos
para outras linhas ou
cancelados. A decisão foi
tomada após o prejuízo de
US$ 38,7 bilhões (60 bilhões
de reais) em 2007, o maior
da sua história.
Outra montadora que
tem sofrido com a crise nos
Estados Unidos é a Ford,
que já anunciou o fechamento
de 16 fábricas até
2012 e a eliminação de 44
mil postos de trabalho.
A iniciativa seria uma
tentativa de diminuir os
prejuízos que chegaram aos
U$ 10 bilhões (16 bilhões de
reais) no ano passado.
Semestre de recordes aqui
As montadoras bateram
recorde de vendas e
de produção no primeiro
semestre desse ano. As
vendas aumentaram 25,7%
ante o mesmo período do
ano passado. Na produção,
o crescimento foi de
6,3%. Os números são da
Anfavea.
No mês de junho, os
números podem ser considerados
recorde quando
analisada a média diária da
produção e das vendas.
Maio teve 22 dias úteis
com 11.694 unidades produzidas
e junho, com 20
dias úteis, produziu 12.320
unidades, crescimento de
5,4%. Comparado a junho
do ano passado, o crescimento
foi de 9,6%.
Com base nestes números,
a Anfavea revisou
as vendas no mercado interno
que devem crescer
22% e a produção 10%.
Anteriormente, ela previa
vendas 14,5% maiores do
que no ano passado e a
produção 6,5%.