Mensalistas na Volks vão à luta por estrutura salarial

Trabalhadores e trabalhadoras
mensalistas na
Volks entregaram pauta de
reivindicação para uma estrutura
de salário e plano de
carreira. A assembléia que
discutiu o assunto foi na
última quinta-feira.

Tal ação começou em
maio com os mensalistas na
Mercedes e devem se estender
a toda categoria.

“Nós sabemos o piso
e o teto salarial mensalista,
mas não sabemos o caminho
que o trabalhador percorre
entre um e outro”,
explica Ronaldo Souza,
diretor eleito do Sindicato
pela Volks.

É a ausência da estrutura
salarial mensalista na
maioria das fábricas que explica
o desconhecimento sobre
critérios de promoção.
“Não existem regras definidas
para o companheiro
ou companheira evoluir na
função, nem mesmo de promoção
salarial, ao contrário
do pessoal horista que tem
uma carreira programada”,
compara Ronaldo.

Discriminação –
Segundo Simone Aparecida
Vieira, mensalista e
membro do CSE na Ford,
não há um jogo transparente,
já que o trabalhador entra
na empresa com sonho
de carreira e se frustra em
pouco tempo.

“Só evolui profissionalmente
quem é amigo do
chefe”, descreve ela.

“As empresas autorizam
os chefes a aumentar
a massa salarial nos setores
mensalistas. Aí eles usam
critérios pessoais e subjetivos
para conceder aumentos
e promoções”, confirma
o administrador de empresa
e técnico do Dieese, Roberto
Sugiyama, que comandou
recentemente curso sobre
estrutura salarial mensalista
no Sindicato.

Para o técnico, esse
procedimento das chefias
cria um ambiente de disputa
que atrapalha o trabalho.
“Ao não ver sua atividade
reconhecida, o trabalhador
se sente desvalorizado”,
conclui.