Grupo de fábricas abre negociação

Um grupo de empresas procurou o Sindicato logo após a decretação da greve, na noite de sexta-feira, para abrir negociações. Nesse grupo trabalham cerca de 80% dos companheiros e companheiras no setor. Fábricas que ficaram de fora tiveram problemas com a produção.

A deflagração da greve
nas fábricas do grupo 3
(autopeças, forjarias e parafusos)
levou um grupo de
fábricas a procurar o Sindicato
para negociar.

Isso aconteceu logo
após a assembléia na noite
de sexta-feira.

Do encontro, saiu uma
reunião com o grupo no
domingo.

As conversas prosseguiram
ontem. Hoje, o Sindicato
espera anunciar os
primeiros acordos. Essas
fábricas representam cerca
de 80% dos 22 mil companheiras
e companheiros no
setor em nossa categoria.

Greve – Também logo após a
assembléia, fábricas tiveram
a produção parada. Foi o
caso da Karmann-Ghia e
da Rassini.

Os companheiros no
segundo turno cruzaram os
braços nas duas empresas,
enquanto a companheirada
no turno da noite, que pega
no batente às 22h, nem
entrou nas fábricas.

Empresas que não sinalizaram
com negociação
tiveram problemas com a
produção ontem.

Em Diadema, os companheiros
na Transtechnology
fizeram ato conjunto
com os metalúrgicos na
Magno Peças e só ligaram
as máquinas duas horas e
meia depois do horário habitual.

A rapaziada na Faparmas
também atrasou
o início da produção pelo
mesmo tempo.

O presidente do Sindicato,
Sérgio Nobre, lembra
que a palavra de ordem continua
a mesma.

“O patrão que não quiser
sua fábrica parada, negocia”,
repetiu ele ao ressaltar
que o Sindicato está aberto
para conversar e que o setor
pode atender à reivindicação
dos trabalhadores.

Em assembléia na noite
de sexta-feira, a companheirada
rejeitou proposta de
reposição salarial e 3% de
aumento real porque não
traz um abono, como no
caso das montadoras.

Acordo – Na assembléia de sexta-feira foi aprovado acordo
com os setores de fundição
e grupo 2 (máquinas e eletroeletrônicos).

Assinado acordo com as montadoras

A Federação Estadual
do Metalúrgicos da CUT
(FEM-CUT) e a Anfavea assinaram
a Convenção Coletiva
de Trabalho 2008/2009
na última sexta-feira.

A nova convenção estabelece
reajuste salarial
de 11,01% (7,15% correspondente
à inflação e mais
3,60% de aumento real)
que será concedido para
os salários até o teto de R$
7.500,00. Os salários superiores
terão reposição de
7,15% acrescidos de parcela
fixa de R$ 289,30. O piso
salarial teve um reajuste de
12,6% e passou a valer R$
1.250.

Outra conquista foi
o abono salarial único no
valor de R$ 1.450, que será
pago em 22 de setembro.
“Este, sem dúvida, foi o melhor
acordo que já firmamos
com as montadoras nos
últimos 20 anos”, afirma
Valmir Marques, o Biro-Biro,
presidente da FEM-CUT.

Base – A nova Convenção Coletiva
beneficiará cerca de 55
mil metalúrgicos, sendo que
45 mil pertencem à base da
FEM-CUT nas regiões do
ABC e Taubaté. Também assinarão
a Convenção os sindicatos
metalúrgicos de São
Carlos (CGTB), São Caetano
e Tatuí (Força Sindical).