Governo do Equador quer revolução cidadã

O presidente do Equador,
Rafael Correa, comemorou o maior triunfo de seu governo ao conseguir aprovar por ampla vantagem
a nova Constituição no referendo de domingo passado.

Mesmo com esse apoio, ele chamou a oposição para estabelecer uma unidade em benefício do futuro do país.

A nova Carta estabelece
um período de transição
que será concluído em fevereiro de 2009, quando ocorrerão eleições antecipadas
para escolher um novo presidente e membros do Poder Legislativo. Rafael Correa poderá se candidatar à reeleição.

Redigida entre novembro
de 2007 e julho deste ano por uma Assembléia Constituinte de maioria governista, a nova Constituição
pretende levar ao Equador o chamado socialismo
do século 21 e avança para a fundação da revolução
cidadã, termo cravado por Correa.

Entre seus pontos, a Constituição amplia os direitos
dos indígenas, reconhece
a natureza como um ser dotado de direitos, proíbe
a instalação de bases militares
estrangeiras no país e ratifica o direito universal de migrar.

Além disso, aumenta o peso do governo sobre a economia e a exploração dos recursos naturais, o que estabelece um novo modelo de desenvolvimento nacional,
no qual o progresso econômico é substituído pelo ideal do bem viver, conceito usado pelos povos indígenas equatorianos.