Negociações com Grupo 8 começam com choradeira
Foto: Edu Guimarães
A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, deu início às rodadas de negociações com a bancada patronal do Grupo 8 – que reúne as áreas de trefilação; laminação de metais ferrosos; refrigeração; equipamentos ferroviários, rodoviários; entre outros – após escutar, exatamente, uma hora de choradeira dos representantes do setor.
O primeiro encontro aconteceu na manhã de ontem na sede do Sindicato Nacional da Indústria de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos, o Sicetel.
“Como os demais grupos, o G8 apresentou dados do setor e falou sobre a dificuldade em negociar a pauta de reivindicações da categoria, por conta da baixa atividade econômica do País”, contou o presidente da Federação, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão. “Mas o que nos trouxe alento foi conseguirmos esclarecer as cláusulas novas para que sejam incorporadas nas próximas convenções”, prosseguiu.
Segundo o dirigente, o tema que trata da atuação do cipeiro foi um dos mais discutidos. “A cláusula dá certa autonomia ao representante na fábrica para que possa fazer o seu trabalho, sem que sofra ameaças ou até seja demitido. Além disso, garante que a atuação seja reconhecida pela empresa como uma contribuição e não como uma tentativa de prejudicar a produção”, declarou Luizão.
Sobre o Programa de Proteção ao Emprego, o PPE, Luizão afirmou que a postura ainda é tímida por parte dos patrões. “Se houvesse um pouco mais de empenho e disposição da bancada patronal nesta questão, como eles tiveram com o Projeto de Lei 4330, que hoje tramita no Senado como Projeto de Lei da Câmara, o PLC 30, o resultado seria melhor”, criticou o presidente da FEM-CUT.
“Faz parte do jogo e vamos tentar contornar esta situação com ousadia e criatividade para garantir o nosso foco, que é a manutenção dos empregos na base”, concluiu Luizão.
Da Redação.