O caminho para o Brasil é o entendimento, diz Rafael
Rafael durante ato em frente ao Instituto Lula. Foto: Edu Guimarães
Mais de cinco mil pessoas participaram do ato Todos Juntos em Defesa da Democracia, na tarde de domingo, dia 16, em frente ao Instituto Lula, no Ipiranga, em São Paulo. O evento foi organizado pelos Metalúrgicos do ABC, sindicatos e movimentos sociais.
“A vigília dos trabalhadores deixa claro que a sociedade clama por mais democracia, participação e amadurecimento da luta dos trabalhadores”, afirmou o presidente do Sindicato, Rafael Marques.
O ato contou com aulas públicas sobre a democracia e gritos de “não vai ter golpe” em defesa do governo eleito nas urnas.
Os metalúrgicos do ABC fizeram a concentração para o ato em frente ao apartamento do ex-presidente Lula, em São Bernardo. As atividades aconteceram após uma semana de vigília em frente ao Instituto em solidariedade ao ex-presidente e contra qualquer ação de violência e intolerância política. A sede do Instituto foi atacada com um artefato explosivo em 30 de julho.
O presidente disse que serão necessários novos atos em todo o País em defesa da democracia. “As condições para criar o caminho do diálogo precisam ser efetivadas na sociedade”, defendeu. “As manifestações contra o governo não têm pauta porque não abrem o diálogo”, criticou.
Segundo Rafael, as manifestações públicas de setores empresariais e do movimento sindical oferecem a possibilidade da presidenta Dilma buscar esse entendimento na sociedade. “A nossa avaliação é que isso tem que acontecer de maneira rápida para debater os rumos do País com a participação dos diversos setores”, disse.
O presidente avaliou as mobilizações dos movimentos sociais e sindicais, que ocorreram nos últimos dez dias como fundamentais para a democracia brasileira.
“Tivemos o abraço simbólico ao Instituto Lula, a grande Marcha das Margaridas em Brasília, o encontro de Dilma com sindicalistas e o encontro dos educadores com Lula na última semana. Os atos que fizemos e as atividades do dia 20 precisam oferecer o caminho ao País, que é o do entendimento”, concluiu Rafael.
Apoio internacional
Em visita ao Sindicato, o vice-presidente da United Steelworkers, a USW (organização sindical norte-americana que representa 850 mil trabalhadores), Fred Redmond, que esteve na sede do Instituto, disse que ficou impressionado com o ato em defesa da democracia e criticou o espaço que a imprensa comercial deu ao manifesto dos trabalhadores.
“Fiquei de boca aberta com o espírito e o entusiasmo das pessoas no ato de solidariedade ao Lula”, disse o dirigente.
“Vi na televisão o pouquíssimo espaço destinado ao ato do Instituto Lula, mas o noticiário contínuo sobre a Avenida Paulista e as manifestações da direita me lembraram o que a Fox News faz nos Estados Unidos e como a direita controla a agenda por meio da mídia para esconder a agenda dos trabalhadores e do povo”, completou.
Da Redação