Todos às ruas contra a intolerância e em defesa da democracia
Foto: Adonis Guerra
Os Metalúrgicos do ABC participam amanhã de novo ato em defesa da democracia e pelos direitos da classe trabalhadora. O Fórum dos Movimentos Sociais de São Paulo, que reúne mais de 50 entidades, convoca para a atividade com concentração às 17h, no Largo da Batata, com marcha até o vão livre do MASP, na Avenida Paulista, São Paulo.
Um manifesto divulgado pelos movimentos sindical e sociais defende uma plataforma de reformas urbana, tributária, educacional, a democratização dos meios de comunicação e a reforma democrática do sistema político para acabar com a corrupção e ampliar a participação popular.
A expectativa é reunir, além dos militantes, quem não é ligado a nenhuma organização, mas se revoltou com o desfile de intolerância durante as marchas do último dia 16.
“Vamos às ruas por várias razões, entre elas o enfrentamento à direita mais conservadora, que semeia intolerância, preconceitos e está representada por vários retrocessos”, afirmou o presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima.
O presidente do Sindicato, Rafael Marques, comentou as declarações do ex-presidente tucano, Fernando Henrique Cardoso, que pediu a saída da presidenta Dilma Rousseff.
“Muito triste ver um ex-presidente da República se manifestando de forma tão irresponsável ao sugerir a renúncia da presidenta”, disse.
Segundo ele, esse comportamento empobrece o debate político e desrespeita os milhões de brasileiros que a escolheram, de forma democrática, para conduzir o Brasil.
“É assim que um ex-presidente estende a mão para o País, num momento tão crucial?”, questionou Rafael.
“FHC esteve na mesma condição em 1999 e em 2001, os dois piores anos de seus mandatos, e, mesmo assim, hoje age de forma egoísta, pensando unicamente em seus interesses partidários”, criticou.
“O ex-presidente tucano, com certeza, não se coloca à disposição para o chamamento que nós, sindicatos e centrais sindicais, fizemos para a construção de um diálogo pela democracia, pela retomado do crescimento econômico, inclusão social e desenvolvimento nacional”, completou.
“Não vamos sair da crise com ideias velhas. Ao contrário, o caminho para superar esse momento passa por ideias novas, por pessoas e grupos que querem, de fato, o bem do Brasil”, concluiu o presidente do Sindicato.
Também estão confirmados atos em mais outras 11 cidades, como Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Recife, Salvador, Goiânia, Fortaleza, Belém, Belo Horizonte, Porto Alegre e Florianópolis.
Da Redação.