Trabalhadores na Pricol saem do PPE
Foto: Adonis Guerra
Após quatro meses de vigência, os trabalhadores na Pricol, em Diadema, saíram do Programa de Proteção ao Emprego, o PPE, por não precisar mais da medida.
“A duração inicial aprovada pelos companheiros era de seis meses, prorrogáveis por mais seis. Sair antes do prazo previsto é uma demonstração concreta de que houve melhora na produção”, afirmou o coordenador da Regional Diadema, David Carvalho.
“O Programa foi essencial e deu o fôlego necessário para atravessar o momento de baixa na produção. Os trabalhadores estavam preocupados antes do PPE e agora já estão vivenciando a retomada na produção”, prosseguiu.
Com o acordo, a redução da jornada e do salário foi de 9,83% aos 213 trabalhadores, o que correspondia a dois dias de trabalho por mês. Com o Programa, a metade da redução foi complementada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT, do governo federal.
“Mesmo com a saída do PPE, o nosso empenho é pela garantia do emprego. Negociamos que os companheiros terão estabilidade por mais quatro meses, mesmo período da vigência do Programa na fábrica”, explicou o dirigente.
A Pricol, antiga Melling, foi a primeira empresa em Diadema e a terceira na base a aderir ao PPE, em agosto do ano passado. Ao todo, trabalhadores em 14 empresas aprovaram a adesão ao Programa, o que protege cerca de 25 mil empregos.
Na VMG, em Ribeirão Pires, os trabalhadores saíram do PPE após dois meses de vigência devido ao aumento na produção. Já na Prensas Schuler, em Diadema, os companheiros aprovaram a medida, mas não chegou a ser implantada por fechar um grande contrato de exportação.
“É o PPE cumprindo o objetivo de preservar os empregos e encontrar caminhos para a retomada do crescimento”, defendeu David.
Pensão alimentícia no PPE
Companheiros na base têm questionado como fica o pagamento da pensão alimentícia no PPE.
Se o juiz determinou o pagamento de um valor fixo, não haverá alteração com a entrada no Programa.
Já se a determinação for o pagamento de um valor percentual ao que o trabalhador recebe líquido, haverá pagamento proporcional à redução estabelecida no PPE.
Portanto, a decisão judicial é que determinará se terá ou não alteração no valor da pensão.
Da Redação.