Reunião com estamparia termina sem avanços
(Fotos: Edu Guimarães)
A terceira rodada de negociação da Campanha Salarial, realizada na manhã de ontem, entre os representantes da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, e a bancada patronal da Estamparia ficou emperrada.
O presidente da Federação Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, considera que este setor ignora o debate sobre melhorias para os trabalhadores nas cláusulas sociais.
“Os representantes patronais afirmam que lutam para sobreviver e querem impor limites para o avanço da pauta da classe trabalhadora, mas não limitam o lucro empresarial. E os trabalhadores que estão sendo demitidos, que estão tendo seus direitos ameaçados diariamente não lutam para sobreviver?”, questionou.
“A postura inflexível demonstra a indisposição em negociar”, concluiu Luizão.
Na parte da tarde, seria realizada a reunião com os representantes da Fundição, mas foi cancelada e remarcada para o dia 1º de setembro. Na manhã de hoje, a negociação será com o G3 que reúne Sindipeças, Sinpa e Sindiforja.
Até o momento, o grupo mais avançado no debate das cláusulas sociais é o G2 que cumpre as negociações permanentes. Desde a entrega da pauta, a FEM discute prioritariamente as cláusulas que humanizam a Convenção Coletiva de Trabalho e que tenham baixo impacto financeiro às empresas.
A Campanha Salarial 2016 tem como tema “Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos”. A pauta tem cinco itens principais: não à terceirização e à perda de direitos; estabilidade e geração de empregos; reposição integral da inflação mais aumento real, valorização dos pisos e jornada semanal de 40 horas.
A data-base é 1º de setembro e estão em campanha 202.213 trabalhadores na base da FEM-CUT no Estado de São Paulo.
Da Redação