“O rumo é a unidade, a luta e o povo na rua”

(Foto: Adonis Guerra)

Os trabalhadores do Bra­sil estão mobilizados em defesa dos direitos e contra as ameaças por parte de setores do empresariado, da imprensa comercial e do governo. Os metalúrgicos do ABC estão convocados para duas datas já definidas, dias 22 e 29 de setembro.

Os atos são contra projetos como a implantação da jor­nada de trabalho de 12 horas diárias, terceirização ilimitada, contratos de trabalho flexíveis e mudanças na aposentadoria.

Na próxima quinta-feira, dia 22, a CUT e as demais centrais sindicais organizam o Dia Nacional de Paralisação e Mobilização das Categorias com atos da classe trabalhado­ra em todos os estados do País.

“O golpe foi contra a demo­cracia, referência de igualdade, justiça social e respeito aos direitos. Foi contra a classe tra­balhadora e contra quem mais precisa de emprego decente e políticas públicas”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

(Foto: Adonis Guerra)

“Esse dia 22 será funda­mental para acordamos quem ainda não entendeu que o gol­pe é contra o povo que avançou em direitos e conquistas na última década”, prosseguiu.

Além de participar do ato convocado pela CUT, os metalúrgicos do ABC também participarão da mobilização “Unidade de Ação Metalúrgica em Defesa dos Direitos e da Aposentadoria”, no dia 29 de setembro.

Representantes de mais de dois milhões de metalúrgicos do Brasil estiveram reunidos no último dia 8, em São Paulo, para definir o calendário con­junto de lutas contra os ataques aos trabalhadores.

São 18 entidades, entre elas o Sindicato, a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT, e a Federação Estadual dos Me­talúrgicos da CUT, a FEM-CUT, que divulgaram nota do movimento.

“Avaliamos o momento di­fícil de grave crise democrá­tica que o Brasil está vivendo e o conjunto de ameaças que pairam sobre os metalúrgicos com o desmonte da legislação trabalhista e previdenciária”, explicou o presidente do Sin­dicato, Rafael Marques.

Também destacou que a união é fundamental em de­fesa dos direitos duramente conquistados, mesmo com divergências de opiniões entre as entidades.

“O setor metalúrgico indica o rumo da unidade, da luta e do povo na rua para barrar a tentativa de golpe contra os trabalhadores. Não vamos pagar o preço que o governo, setores do empresariado e a mídia comercial querem im­por”, afirmou.

Solidariedade

Os metalúrgicos manifes­taram apoio aos bancários, que decretaram greve geral da categoria no dia 6 para reivin­dicar melhores salários e con­dições de trabalho. Na reunião, foi destacada a importância de unificar a luta de todas as categorias para preservar os direitos.

“A crise que ameaça os trabalhadores é uma crise pri­vada que foi transferida para o Estado. É uma crise do setor financeiro mundial”, disse. “É com luta e resistência que nós vamos conseguir mudar o rumo dessa crise e barrar propostas como a terceirização e a reforma da Previdência”, concluiu.

Da Redação