Metalúrgicos do ABC fazem atos em defesa dos direitos
Fledlaz
(Foto: Edu Guimarães)
Hoje é o Dia Nacional de Paralisação e Mobilização das Categorias organizado pela CUT e demais centrais sindicais em defesa das conquistas dos trabalhadores. Os metalúrgicos do ABC estão convocados para participar dos atos em São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
“O dia é de luta contra qualquer tentativa de retirada de direitos da classe trabalhadora. Vamos mostrar que não permitiremos que mexam nas nossas conquistas”, afirmou o coordenador de São Bernardo, Nelsi Rodrigues, o Morcegão.
Ourofino
Para o coordenador da Regional Diadema, David Carvalho, a participação dos trabalhadores no ato hoje é fundamental. “É o momento importante para os metalúrgicos demonstrarem resistência ao golpe contra os nossos direitos”, disse.
Entre as ameaças estão a terceirização ilimitada, a implantação da jornada de trabalho de 12 horas diárias, contratos de trabalho flexíveis e a reforma da Previdência com mudanças na aposentadoria.
“Também tem a questão do andamento da Campanha Salarial. Estamos sentindo dos trabalhadores nas fábricas uma disposição de luta muito forte para pressionar as negociações”, contou.
Grupo 3
O coordenador da Regional de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, convocou os companheiros na luta pelos direitos. “O que está em risco são as conquistas históricas e é com mobilização que vamos impedir a ofensiva dos patrões”, disse.
Ontem foram realizadas assembleias na Fledlaz e na Ouro Fino com aprovação da disposição de luta. “Os trabalhadores de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra já estão mobilizados e estarão juntos na paralisação”, ressaltou.
Negociações
Na amanhã de ontem, em reunião realizada na sede da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, a bancada patronal do Grupo 3 aumentou a proposta de reajuste salarial feita na última semana, de 6% para 7%. O percentual foi negado na mesa e as negociações continuam.
Na parte da tarde, a Fundição que na reunião anterior havia oferecido 4,81%, também melhorou a proposta, mas para janeiro de 2017. “Respeitamos a postura de tentar chegar a um entendimento, mas não temos autorização de nenhum sindicato da base para aceitar menos que o INPC, de 9,62%. Não dá pra esquecer 2016 e só aplicar o reajuste em 2017”, afirmou para os patrões o presidente da FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão.
Já o G10 não apresentou nenhuma proposta de reajuste na reunião de ontem. “Temos que intensificar a mobilização nas empresas do Grupo 10 para pressionar a bancada patronal”, ressaltou Luizão.
Amanhã, às 14h30, será realizada na sede da Abinee, em São Paulo, a reunião com o G2, que na rodada anterior ofereceu 4,5%.
A Campanha Salarial 2016 tem como tema “Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos”. A pauta tem cinco itens principais: não à terceirização e à perda de direitos; estabilidade e geração de empregos; reposição integral da inflação mais aumento real, valorização dos pisos e jornada semanal de 40 horas.
A data-base é 1º de setembro e estão em campanha 202.213 trabalhadores na base da FEM-CUT no Estado de São Paulo.
Da Redação