Trabalhadores aprovam índice de referência da Campanha Salarial
(Foto: Adonis Guerra)
Em assembleia geral realizada ontem, na Regional Diadema, os metalúrgicos do ABC aprovaram as propostas de reposição da inflação de 9,62%, o que tornou o índice a referência da Campanha Salarial. O reajuste foi negociado pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, com o Grupo 2 e Estamparia. As propostas dos demais grupos que não chegaram ao índice foram rejeitadas. (saiba mais no quadro O presidente do Sindicato, Rafael Marques, lembrou que a divisão nas bancadas prejudicou as negociações. “A negociação está difícil porque os empresários estão divididos, isso ocorre em um cenário de crise política e econômica e prejudica a negociação. Diante dessa conjuntura econômica, conseguir atingir o índice da inflação em dois grupos é uma vitória”.
(Foto: Adonis Guerra)
“Iremos continuar lutando para que os demais grupos patronais acompanhem o que foi aprovado ontem e também faremos pressão nas empresas. Onde as negociações estiverem difíceis, faremos paralisações e com aquelas empresas que atingirem o INPC, faremos acordo”, finalizou.
HISTÓRICO
(Foto: Adonis Guerra)
A pauta da Campanha Salarial começou a ser entregue para as bancadas patronais em 7 de julho pelos representantes da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT. Desde então, vêm sendo realizadas mesas de negociação com os grupos para debater as cláusulas sociais e econômicas.
“Foram meses intensos de negociação, debates sobre as cláusulas sociais e, por fim, discussão sobre o reajuste salarial dos trabalhadores e trabalhadoras. O discurso da bancada patronal já era o esperado: ‘não é possível avançar devido à crise’. Em alguns grupos isso foi mais grave, dificultam, inclusive, avanços nas cláusulas sociais”, relembrou Luizão.
No dia 28 de setembro, para pressionar o empresariado e garantir as conquistas, foram entregues avisos de greves para os grupos, exceto para o G2.
A Campanha Salarial 2016 tem como tema “Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos”. A pauta tem cinco itens principais: não à terceirização e à perda de direitos; estabilidade e geração de empregos; reposição integral da inflação mais aumento real, valorização dos pisos e jornada semanal de 40 horas. A data-base é 1º de setembro e estão em campanha 202.213 trabalhadores na base da FEM-CUT no Estado de São Paulo.
Da Redação