Suspensão da regra sobre negociações é ameaça
No último dia 14, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, suspendeu, por meio de liminar, a regra ou princípio da ultratividade (Saiba mais na coluna).
Essa liminar acaba com os efeitos de um entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, que determina que as cláusulas de um acordo ou convenção coletiva, assinada entre sindicatos patronais e de trabalhadores, continuem em vigor até que um novo acordo seja assinado entre as partes.
O objetivo do TST era evitar perda de direitos importantes dos trabalhadores, pois estariam valendo, enquanto não houvesse nova negociação.
“A alteração desta norma é muito grave para os trabalhadores, porque o que já foi negociado passa a não valer. Se os empresários não assinarem o acordo coletivo, o trabalhador pode perder todas as conquistas previstas no acordo anterior. O que é um absurdo”, declarou o secretário-geral do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.
“Essa medida é só o começo do quem vem por aí na reforma trabalhista que o atual governo quer impor. Os trabalhadores precisam estar informados e unidos para reverter esta decisão que representa mais um retrocesso”, completou.
Para tentar justificar a decisão, Gilmar Mendes alegou que a norma da ultratividade protege apenas o trabalhador e não considera os ‘direitos’ do patrão. A decisão final sobre essa questão será dada pelo plenário do STF e não tem data prevista.
Da Redação