Campanha Salarial: no ABC, 90 acordos são fechados por empresa

(Foto: Adonis Guerra)

Na reta final da Campa­nha Salarial 2016, 85% da categoria no Estado de São Paulo já tem acordo, garantindo o índice de reajuste pela inflação.

No ABC, além dos trabalha­dores com Convenção Coletiva de Trabalho, a CCT, assinada com os grupos patronais: G2, Estamparia, Fundição, Sime­fre, Siamfesp e Sinafer, outros 90 acordos foram fechados por empresa, sendo 35 em São Bernardo, 26 em Diadema, 28 em Ribeirão Pires e um em Rio Grande da Serra (confira tabela).

Para o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, este foi um dos anos mais difíceis em que a FEM-CUT esteve à frente da Campanha Salarial. O balanço foi feito na última sexta-feira, dia 4, no Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.

“Temos uma crise econômi­ca pesada e uma crise política gravíssima, o que criou um am­biente de retirada de direitos e influenciou demais as negocia­ções. O ânimo empresarial era muito baixo e, em alguns casos, a lógica da retirada de direitos prevaleceu, isso tornou o ano bastante difícil”, destacou.

O grupo com menos acordos fechados é o G10, no qual não houve proposta de reajuste por parte da bancada patronal. Também não atingiram o índice o G3 e os demais sindicatos pa­tronais do G8. De acordo com o presidente, não está descartada a possibilidade de buscar a re­posição da inflação na justiça.

“O índice de acordos alcan­çados até o momento mostra que os metalúrgicos do Estado de São Paulo ainda são mui­to fortes. Mas não podemos achar que já está bom. Vamos continuar insistindo”, afirmou Luizão.

Todas as CCTs, assinadas até o momento, estão disponíveis no site do Sindicato.

Uma nova reunião ficou agendada para o dia 23 de no­vembro, também em Sorocaba. A Campanha Salarial deste ano teve como tema: “Sem pato, sem golpe por mais empregos e direitos”.

Da Redação