Representantes da UAW visitam Karmann-Ghia e prestam solidariedade
(Foto: Edu Guimarães)
Ginny Coughlin e Rafael Messias Guerra, representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Automotiva, Aeroespacial e de Implementos Agrícolas dos Estados Unidos, United Auto Workers, o UAW, conheceram ontem as instalações da Karmann-Ghia, em São Bernardo.
Na ocasião, eles entregaram uma carta de solidariedade dirigida ao presidente do Sindicato, Rafael Marques, assinada pela diretora do departamento de relações internacionais da entidade, Kristyne Peter. “Nos solidarizamos contra o repentino abandono dos gestores da fábrica bem como a ausência de informações e o não pagamento aos trabalhadores”, diz a carta. “O UAW está confiante que nós construiremos uma pareceria que se fortalecerá cada vez mais”, continua.
O diretor executivo do Sindicato, Carlos Caramelo, destacou a importância da internacionalização da luta. “Essa visita do UAW valoriza a luta dos trabalhadores na Karmann-Ghia e ajuda a levar essa experiência de resistência para fora do Brasil”.
“É impressionante ver uma fábrica com essa estrutura, que ainda pode ajudar muitas outras, assim parada”, declarou Rafael Messias Guerra. O representante disse ainda que pretende pedir apoio ao sindicato americano para checar se há interesse de algum banco em investir na empresa.
“Essa organização dos trabalhadores aqui é muito importante. O fato de se manterem mobilizados desde maio é fruto do trabalho feito pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Esse é um grande exemplo para o Brasil e também para empresas de fora”, declarou.
Ginny Coughlin reforçou a importância da união entre os sindicatos na atual situação política de ambos os países. “Temos um histórico de solidariedade e neste momento de retrocesso no Brasil e nos EUA precisamos estar juntos”.
Doação na Dana
(Foto: Edu Guimarães)
Também ontem os companheiros na Karmann-Ghia visitaram a empresa Dana Spicer onde os trabalhadores, por meio de lista, fizeram uma doação de R$ 2.386 depositados na conta solidária aberta pelo Sindicato.
“A companheirada foi bem solidária aqui. O País está passando por um momento delicado e nada mais justo do que o trabalhador se unir pela categoria. O patrão faz o papel dele e nós temos que fazer o nosso, nos organizando nos momentos bons e ruins”, reforçou o CSE na empresa Ananias Batista Alves Júnior, o Juninho.
Da Redação