Metalúrgicos defendem conteúdo local e empregos no Brasil
(Foto: Adonis Guerra)
Em defesa do conteúdo local e dos empregos no País, os metalúrgicos do ABC protestaram em frente ao BNDES, em São Paulo, na tarde de sexta-feira, dia 25. O ato foi realizado em conjunto com os Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e de São José dos Campos e Região.
Os companheiros aprovaram a disposição de luta e resistência em defesa dos empregos com a garantia de conteúdo local na indústria nacional.
A manifestação integrou o Dia Nacional de Luta e Paralisações em Defesa dos Direitos convocado pelas centrais sindicais em defesa da aposentadoria, contra as reformas previdenciária e trabalhista e contra o congelamento de verbas para a educação e saúde pelos próximos 20 anos com a Proposta de Emenda à Cons¬tituição, a PEC 55. Confira abaixo alguns atos pelo País.
“O conteúdo local é uma política importante ao fazer com que a indústria brasileira participe dos grandes projetos para gerar empregos”, afirmou o presidente do Sindicato, Rafael Marques.
“Se o Brasil abandonar essa política, pode até crescer, mas não vai gerar empregos, renda nem desenvolvimento tecnológico. É um erro o BNDES desobrigar as empresas a apresentar contrapartida de conteúdo local nos projetos que financia”, continuou.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, defendeu medidas que fortaleçam a geração de empregos para os brasileiros. “Não tem país desenvolvido sem a indústria como alicerce. Este é um ato de alerta à sociedade e mostra que os trabalhadores estão unidos contra a retirada de direitos”, disse.
Já para Luiz Carlos Prates, o Mancha, da secretaria nacional da CSP-Conlutas, o governo não pode ofere¬cer financiamento para as empresas sem contraparti¬das. “Temos que cobrar responsabilidade do BNDES para gerar empregos no nosso País. Não é emprestar dinheiro para as empresas abrirem empregos lá fora”, destacou.
A secretária da Mulher da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM- CUT, Andrea Ferreira de Sousa, a Nega, ressaltou que a data também marcou o Dia Nacional de Luta pelo Fim da Violência contra a Mulher.
“A violência contra a mulher se dá de várias formas e é preciso combater a cada dia. Tudo que temos hoje foi conquistado e forjado na luta”, disse.