Conteúdo Local e empregos estão cada vez mais ameaçados no Brasil
Durante o evento realizado esta semana na sede da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT, o deputado federal, Carlos Zarattini, do PT de São Paulo, comentou o fato de a Petrobras ter convidado apenas empresas estrangeiras para licitação da retomada das obras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o COMPERJ, num total de 30.
“A sequência é acabar com o conteúdo local, que era uma parte da lei do petróleo que dizia que as empresas tinham que cumprir na exploração o mínimo de conteúdo local. Com base nessa lei, foram construídos sete estaleiros no Brasil que começaram a produzir plataformas, navios, equipamentos, sondas, para que a gente tivesse a exploração do Pré-Sal”, lembrou.
“Nós chegamos a ter 70 mil trabalhadores na indústria naval, hoje esse número já deve ter caído para uns 30 ou 20 mil. Com a entrada de empresas estrangeiras na exploração do Pré-Sal e com o abrandamento da lei do conteúdo local, esse número provavelmente vai cair ainda mais. São mudanças estruturais que eles estão fazendo”.
Engenharia vive maior crise
Grandes empresas de engenharia estão paralisadas diante dos processos jurídicos a que estão respondendo, por conta da Operação Lava Jato. Texto publicado no portal Clube de Engenharia denuncia que profissionais “são demitidos aos milhares”.
Segundo estudo da GO Associados os impactos diretos e indiretos da Operação da Polícia Federal tiraram R$ 142,6 bilhões da economia brasileira em 2015 e até 2018 podem eliminar mais de 2 milhões de empregos.
“O que ocorre no Brasil não se vê em outros países. Quando foi reconhecido que a Volkswagen fraudara dados de poluição de seus carros, foram aplicadas multas e os envolvidos, punidos. Entretanto, nenhum carro deixou de ser produzido e nenhum trabalhador perdeu seu emprego em função da investigação”, afirma o texto publicado pelos engenheiros.
Da Redação