Metalúrgicos param contra as reformas
(Foto: Edu Guimarães)
Mobilizados contra a Reforma da Previdência, Trabalhista e o projeto de terceirização geral, os metalúrgicos do ABC participaram de atos na sexta-feira, dia 31. O “Dia Nacional de Mobilização” foi convocado pela CUT, demais centrais sindicais e lideranças dos movimentos sociais e estudantil.
MERCEDES
Na manhã, de sexta-feira, os companheiros na Mercedes aprovaram a paralisação por 24h e disposição de luta para mobilização e greve geral.
O diretor Administrativo do Sindicato, Moisés Selerges, alertou sobre os prejuízos da terceirização geral e do fim da aposentadoria. “As empresas poderão terceirizar a linha de montagem inteira e, se passar a reforma da Previdência, podem esquecer a aposentadoria. O Brasil é um País instável, quem consegue ficar 49 anos registrado?”, indagou.
“Os efeitos da terceirização serão imediatos e não podemos deixar essa tragédia acontecer. Se for sancionada, não vamos deixar implementar, vamos parar tudo”, decretou o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT, Paulo Cayres, o Paulão.
“Precisamos dar uma resposta à altura dos ataques, temos que mostrar unidade e convencer os outros trabalhadores de que é preciso parar o Brasil. Sempre fomos protagonistas e puxamos a luta no Brasil, o momento exige isso”, convocou o vice-presidente do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva.
SCANIA
Em assembleia de mobilização na Scania, o secretário-geral da CUT São Paulo, João Cayres, explicou que o ato foi um esquenta para as lutas em abril e a greve geral marcada para o dia 28.
“Querem impor um retrocesso aos anos 30 e acabar com a aposentadoria”, disse. “A terceirização nunca gerou empregos, só troca o emprego melhor por um pior. Se for sancionado, a empresa pode demitir todos e contratar por menos ou sem ser contratado direto”, continuou.
O diretor executivo do Sindicato, Carlos Caramelo, convocou todos para defender as conquistas e o futuro de cada um. “É importante que os trabalhadores se mantenham mobilizados e unidos para a jornada de lutas contra o desmonte que querem impor aos brasileiros”, convocou.
“Em uma canetada, querem retirar os direitos conquistados a duras penas. Não vamos assistir pacificamente aos ataques, vamos resistir e mostrar que somos contra essas propostas”, afirmou o coordenador da representação na Scania, Regis Guedes.
Da Redação