“Defender a indústria nacional e garantir empregos e renda no Brasil”
(Foto: Adonis Guerra)
Além do pacote de maldades do governo Temer que inclui a Lei da Terceirização geral e as reformas da Previdência e Trabalhista, os trabalhadores brasileiros estão ameaçados com o desmonte das políticas de defesa da indústria nacional.
“O fortalecimento da indústria brasileira é tema fundamental para os Metalúrgicos do ABC. Significa a distribuição da riqueza com empregos de qualidade e renda no País”, afirmou o secretário-geral do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.
Wagnão explicou que os ataques contra a classe trabalhadora estão todos interligados com a PEC que congela os gastos federais por 20 anos, aprovada no ano passado.
“Quem paga o pato disso somos nós trabalhadores com as reformas da Previdência, Trabalhista e a desindustrialização do País”, explicou. “O que querem é jogar a qualidade do nosso emprego e os direitos para baixo para atender interesses de poucos, dos patrões e de multinacionais”, prosseguiu.
O secretário-geral citou como exemplo o desmonte da política de conteúdo local nos leilões de exploração de petróleo e gás.
“O governo quer retirar a exigência de conteúdo local e isso significa a eliminação de empregos brasileiros e o retorno forte de importados. É um ataque contra a Petrobras, a maior empresa brasileira, e contra a soberania do País”, disse.
“A política de conteúdo local beneficia a produção nacional, engenharia, tecnologia e o próprio desenvolvimento do País. Sem isso, quem é favorecida é a indústria estrangeira”, continuou.
O Sindicato também defende a continuidade do Regime Automotivo, Inovar-Auto, que termina no fim do ano pelas regras atuais.
“Participamos ativamente da elaboração do Inovar-Auto ao incentivar a produção nacional e o mercado de trabalho para contrapor a lógica de importações de veículos. Defendemos um modelo de construção e desenvolvimento, não simplesmente de importação”, afirmou.
“A inclusão da ferramentaria no Regime Automotivo foi uma luta aqui do ABC na busca por reerguer o setor que quase desapareceu no País com a invasão dos importados. E essa luta precisa ter continuidade”, lembrou.
Wagnão deu o exemplo ainda do projeto da indústria de defesa com a escolha dos caças Gripen da Saab.
“O fortalecimento da indústria nacional, do emprego e da renda está ameaçado com esse governo. A escolha pelo Gripen foi feita por assegurar desenvolvimento tecnológico, transferência de conhecimentos e investimentos no País, inclusive com a implantação de uma fábrica em São Bernardo para produzir parte das estruturas dos caças”, contou.
“Só com política industrial brasileira forte que haverá desenvolvimento, empregos e renda. É com a luta dos trabalhadores que faremos a defesa do conteúdo local e de um País forte e soberano para todos”, concluiu.
Da Redação