“Os trabalhadores têm que ser ouvidos nas discussões do Inovar-Auto”

(Foto: Adonis Guerra)

O Regime Automotivo, o Inovar-Auto, em vigor até dezembro deste ano, está em discussão no governo e setores empresariais sem a participação do movimento sindical.

“Toda vez que uma polí­tica é feita sem envolver os trabalhadores, temas como geração de emprego, salários e contrapartidas sociais são desprezados”, afirmou o pre­sidente do Sindicato, Rafael Marques.

“Neste momento de dis­cussão, é fundamental que os trabalhadores sejam ou­vidos porque defendemos a continuidade de medidas importantes, como a po­tencialização do setor de ferramentaria e a valorização da cadeia de fornecedores”, explicou.

Os Metalúrgicos do ABC participaram da construção do Programa preocupados com o risco de desindustria­lização do Brasil. “Reivindi­camos medidas para o setor em função do crescimento gigantesco das importações, com destaque para a Chi­na naquele período, com mobilizações e seminários”, lembrou. (Confira mais na coluna Dica do Dieese)

Em fevereiro do ano pas­sado, o Sindicato organizou o seminário “Inovar-Auto 2 – Ideias para o Futuro da Inovação no Brasil” sobre a prorrogação do Regime Automotivo.

“Achamos importante que o Inovar-Auto seja mantido, aperfeiçoado e renovado com foco na valorização da indústria para gerar empre­go para o povo e distribuir renda”, disse.

“O Programa deu muito resultado com a retomada do setor de ferramentaria bra­sileiro, a vinda de empresas para o País e o fortalecimen­to da indústria nacional”, concluiu.

O Inovar-Auto teve início em 2013 como uma política de impostos para a cadeia automotiva com o objetivo de fortalecer os fornecedores e incentivar as montadoras a investirem em pesquisa, en­genharia e desenvolvimento tecnológico. Também define metas para que os carros se­jam mais seguros, eficientes e menos poluentes.

Da Redação