Um ano do golpe: governo Temer é retrato do desmonte das políticas públicas
(Foto: Edu Guimarães)
Em 12 de maio do ano passado, quando a presidenta eleita, Dilma Rousseff, foi afastada pelo Senado, após a abertura do processo de impeachment, em 17 de abril, a democracia sofreu mais um golpe. Após julgamento, a presidenta deixou o cargo definitivamente em 31 de agosto.
“Nestes 12 meses o que vimos foi o desmonte total do Estado com a retirada de direito dos trabalhadores e os constantes ataques às políticas públicas”, criticou o vice-presidente do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva.
A promessa dos que tomaram o governo, apoiados pela mídia comercial, era de melhorar o País com a retomada do crescimento econômico, mas a situação está longe disso. “Mais prejudicado, o trabalhador já sentiu que pagará a conta que o governo tem com ao empresariado financiador do processo golpista”, lembrou.
Uma das primeiras atitudes de Temer, após assumir o cargo, foi criar um ministério composto apenas por homens e sem nenhum negro. O quadro não era visto desde 1979, quando o País foi governado pelo general Ernesto Geisel, ainda durante o regime ditatorial. Outra medida, essa contra os estudantes, foi acabar com o Programa Ciências sem Fronteiras para os cursos de graduação.
Temer também apostou no congelamento dos investimentos públicos por 20 anos, com a aprovação da PEC dos gastos, que prejudica especialmente as áreas da saúde e educação.
A coluna do Dieese, publicada na última terça-feira, dia 9, detalha os números negativos do atual governo. “Há exatamente um ano havia 11,4 milhões de desempregados no País, e agora já ultrapassam 14 milhões de pessoas sem emprego. A taxa da produção industrial acumulada nos últimos doze meses, até março, teve queda de 3,8%, e os investimentos também caíram 6,3% neste período. Até a dívida pública subiu de 38,9% para 47,8% do PIB”, esclarece o texto.
Da Redação