Centrais Sindicais convocam Greve Geral no dia 30
(Foto: Adonis Guerra)
A CUT e as demais centrais sindicais indicaram o dia 30 de junho como a data da próxima greve geral contra as reformas da Previdência e Trabalhista, e para exigir “Fora, Temer” e “Diretas Já”. A decisão deverá ser referendada pelas categorias em plenárias e assembleias nos estados. A reunião foi ontem na sede da Nova Central Sindical de Trabalhadores, a NCST, em São Paulo.
“As nove centrais sindicais encontraram consenso para estabelecer essa data e também orientaram todo um processo de mobilização nas categorias para que supere a greve de 28 de abril”, afirmou o presidente do Sindicato, Rafael Marques.
“O período é de muita resistência e quanto mais os trabalhadores estiverem engajados, mais chances teremos de impedir os ataques”, convocou.
O presidente ressaltou que o momento no Brasil é muito grave. “A elite econômica quer preservar a agenda de reformas, com ou sem Temer, ao exigir medidas que rebaixam as condições de vida do povo ao mesmo tempo em que mantém seus ganhos bilionários”, explicou.
Rafael também criticou a imprensa comercial que está a serviço do setor financeiro. “Os comentaristas que defendem a pauta de aposentadoria mais inacessível e renda mais escassa são muito bem remunerados para dizer que o povo tem que viver com menos”, alertou. “O governo gasta fortunas com patrocínio e propaganda para que defendam isso na mídia. É hipocrisia pura”, concluiu.
Reforma Trabalhista
A Comissão de Assuntos Econômicos, a CAE, do Senado, pode votar hoje a proposta de reforma Trabalhista do governo, que já foi aprovada na Câmara dos Deputados. A Tribuna publicará nesta semana uma série de matérias sobre os impactos da reforma Trabalhista.
O tema também será tratado na Campanha Salarial deste ano (confira mais na página 3).
O relator da CAE, Ricardo Ferraço, PSDB-ES, é favorável à aprovação da proposta, mas recomendou o veto presidencial de seis pontos.
Depois da CAE, a proposta passará pelas comissões de Assuntos Sociais, a CAS, e Constituição, Justiça e Cidadania, a CCJ, para ser votada em plenário.
Da Redação